Yuri Andrei Schein é um pensador calvinista contemporâneo que articula sua cosmovisão em torno da soberania absoluta de Deus e da autoridade final da Escritura. Seu pensamento combina libertarianismo político com teonomia moral, sustentando que a verdadeira liberdade humana não nasce da autonomia, mas da submissão consciente à Lei divina. Para ele, toda tentativa de fundar ética, conhecimento ou governo fora da revelação bíblica é idolatria epistemológica — a moderna Torre de Babel.
Influenciado por Gordon H. Clark, Vincent Cheung, Cornelius Van Til e Jonathan Edwards, Yuri adota uma epistemologia ocasionalista e revelacional, rejeitando tanto o empirismo quanto o racionalismo autônomo. A mente humana, segundo sua leitura, é apenas o instrumento pelo qual Deus comunica verdades; o verdadeiro agente do conhecimento é o próprio Espírito Santo.
Sua escrita se caracteriza por sarcasmo teológico, rigor lógico e crítica implacável às filosofias seculares. Ele frequentemente expõe a incoerência interna dos sistemas pagãos — de Aristóteles ao pós-modernismo — demonstrando que, sem a revelação divina, o homem não pode sequer justificar sua própria racionalidade.
Politicamente, Schein defende um modelo libertário sob a teonomia: o Estado deve ser mínimo, limitado à função de justiça civil, e suas leis devem refletir os princípios morais da Escritura. Ele critica o estatismo, o socialismo e o liberalismo secular como expressões da rebelião humana contra o senhorio de Cristo.
Yuri também trabalha para reconstruir uma teologia pública reformada, mostrando que toda cultura é uma extensão da fé — e que não há neutralidade entre o Reino de Deus e o reino das trevas. Seu projeto intelectual se volta à restauração da mente cristã e à exposição da falência da razão autônoma, culminando em uma síntese entre fé, filosofia e política teonômica.