terça-feira, 25 de novembro de 2025

A Influência do Estado na alta de alugueis

 


Yuri Schein 

A crise dos aluguéis altos e dos salários miseráveis não é um “acaso econômico”, nem uma “força de mercado inevitável”, como gostam de repetir os pregadores da falsa neutralidade estatal. Toda cosmovisão nasce de pressupostos inegociáveis, a verdade é simples: o caos financeiro do povo não é fruto da liberdade, mas da idolatria estatal.

O governo, tal como um ídolo babilônico com boquinha aberta, devora o fruto do trabalho alheio sob o disfarce de “gestão pública”. Quando o Estado intervém demais, controla demais e gasta demais, o resultado é sempre o mesmo: inflação crônica, estagnação salarial e uma escalada absurda nos preços dos imóveis.

Em outras palavras: não existe aluguel alto sem governo grande.

1. Pressuposto: o Estado como deus concorrente

A lógica estatal é religiosa: ele se coloca como provedor supremo, árbitro supremo, salvador supremo. Mas qualquer entidade que tenta ocupar o lugar de Deus produz escravidão. Na economia, essa escravidão se manifesta quando o governo distorce os sinais de mercado, interfere no crédito, cria impostos impossíveis e transforma o ato de empreender num labirinto burocrático.

Resultado?

• Menos oferta de moradias.

• Custos artificiais.

• Aumento generalizado dos preços.

2. Salários ruins não são mistério, são consequência

Empresas sufocadas por impostos e regulações pagam mal porque lutam simplesmente para existir. Salários são proporcionais à produtividade — e produtividade só cresce com liberdade econômica. Onde há intervenção contínua, há sufocamento. Onde há sufocamento, há miséria. Simples como Romanos 1: trocaram a glória de Deus pela imagem da máquina estatal — e receberam em si mesmos a paga dessa insensatez.

3. Aluguéis altos: o pecado original da má gestão

O valor do aluguel não nasce do nada: ele é inflado por três demônios econômicos criados pelo próprio Estado:

• Inflação: produto inevitável de gastos públicos abusivos.

• Burocracia: que encarece construção e manutenção.

• Tributação predatória: que faz qualquer proprietário cobrar mais só para sobreviver ao calendário fiscal.

Depois o Estado posa de “solucionador”, propondo controle de preços, subsídios e novos impostos. Ou seja: tenta apagar o incêndio com gasolina e se gaba disso.

4. Conclusão

Se você assumir como axioma que o Estado é o gestor da vida, você colherá miséria; se assumir que a liberdade, com responsabilidade individual, é o padrão criado por Deus para a sociedade, você colherá prosperidade.

Os aluguéis altos e os salários ruins não são fenômenos naturais: são juízos econômicos decorrentes da fé idolátrica no governo. Abandone o deus estatal e seu evangelho de controle, e a vida humana, inclusive financeira, começa a se reordenar.