quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Pergunta sobre o Galardão e a Igreja de Filadélfia

Recebida no Facebook:

Yuri Schein boa tarde, vc tem ideia do que pode ser esse galardão? 

Existe uma palavra pra igreja de Filadélfia que menciona a igreja com pouca força não permitir que roubem sua coroa 👑. O irmão se puder dar uma luz eu ficaria grato. Deus abençoe


Minha resposta:


Paz, meu irmão! 🙌

O Novo Testamento fala de “galardão” e “coroa” não como decorações cosméticas no céu, mas como a consumação da obra de Deus em nós: nossa participação glorificada no Reino, nossa vitória final em Cristo, nossa identidade eterna como vencedores, porque Ele venceu por nós.

Quando Jesus diz à igreja de Filadélfia:

“Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.”

(Ap 3:11)

Ele não está dizendo:

“Cuidado para não perder a salvação ou virar um crente de segunda classe sem galardão no céu.”

O contexto mostra o contrário: Filadélfia JÁ TEM a coroa! Por quê?

Porque a coroa é Cristo, a vida eterna que Ele prometeu (1 Jo 2:25).

A “coroa da vida” é dada a todos os que amam ao Senhor (Tg 1:12; Ap 2:10).

Jesus está alertando contra qualquer ensino, perseguição ou engano que tente nos afastar da confiança exclusiva na Sua obra. Ou seja: “Não deixe ninguém substituir o Evangelho por méritos humanos.”


A Bíblia deixa claro:

✅ A fé verdadeira persevera

✅ O eleito não perde aquilo que Deus lhe deu

✅ O galardão é garantido por Cristo


“O Senhor é fiel; Ele vos confirmará até o fim.”

(1 Co 1:8-9)

“Ninguém pode arrebatar das mãos do Pai.”

(Jo 10:28-29)


A hipótese paulina “se a obra de alguém se queimar” (1 Co 3:15) não é ameaça é distinção.

É como dizer:

“Se um peixe subir em uma árvore, ele vai cair.” Mas isso não acontece.

O salvo verdadeiro não termina vazio diante de Deus, porque é Deus quem produz as obras (Fp 2:13).


📌 Em resumo

A coroa é:

o triunfo final da fé

a vida eterna consumada

a participação no reinado de Cristo

o reconhecimento público da eleição e da fidelidade divina


E isso não pode ser roubado porque:

“Aquele que começou a boa obra em vós é fiel para completá-la.”

(Fp 1:6)


Então a luz é simples e libertadora:

O galardão não se perde porque nunca dependeu de nós. A mesma mão que nos deu a coroa é a que nos mantém firmes até o fim.

Deus te abençoe, meu irmão!

Permaneça descansando Naquele que já venceu. 👑✨

O Galardão Cristão: Segurança, Fé e a Soberania Absoluta de Deus

 


Por Yuri Schein 

O galardão cristão é frequentemente mal compreendido, especialmente entre aqueles que vivem sob a sombra do legalismo moderno, onde crentes são levados a temer que qualquer falha ou retrocesso possa anular a recompensa prometida por Deus. Essa visão distorcida transforma a graça em um contrato precário, gera ansiedade espiritual e obscurece a verdadeira liberdade cristã. A Bíblia, porém, apresenta um panorama completamente diferente: o galardão é fruto inevitável da fé verdadeira, sustentado pela soberania de Deus, e não pelo mérito humano.

Paulo escreve aos coríntios sobre a qualidade da obra edificada sobre o fundamento de Cristo: “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá perda; mas o tal será salvo, porém como através do fogo” (1 Co 3:15). É crucial compreender que esse “se” é uma hipótese, não uma previsão de que a obra realmente será destruída. É como se disséssemos: “Se alguém tentasse atravessar um deserto carregando areia na ponta de uma vara, tudo cairia”—isso não significa que alguém vá realmente fazer isso, mas ilustra a fragilidade de esforços mal fundamentados. Paulo usa a hipótese para mostrar a diferença entre obras duradouras, sustentadas pela fé, e obras superficiais, motivadas por orgulho ou vaidade. Ouro, prata e pedras preciosas simbolizam obras sólidas, fruto de fé genuína; madeira, feno e palha representam esforços que não têm base verdadeira. A segurança do galardão não depende da constância humana, mas da fidelidade de Deus, que garante que a obra produzida nele não será perdida.

A fé genuína se manifesta inevitavelmente em ações coerentes com a graça recebida. Gálatas 5:6 afirma que “a fé que atua pelo amor” é a fé que se demonstra na vida cotidiana, e Tiago 2:17 completa: “Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma”. Nenhum retrocesso momentâneo anula essa fé viva. Mesmo quando o crente tropeça, Deus continua a operar, preservando a obra e garantindo que a promessa do galardão se cumpra. Cada falha é oportunidade de disciplina e purificação, não de perda de recompensa. Hebreus 12:6 declara: “Porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo filho a quem recebe”, e 1 Coríntios 11:32 acrescenta que a disciplina serve para que não sejamos condenados com o mundo. A correção divina, portanto, aperfeiçoa, fortalece e purifica o caráter, sem jamais retirar aquilo que Ele prometeu.

A ideia do crente derrotado ou do “perigo constante de perder a recompensa” é uma fantasia legalista moderna. O verdadeiro cristão pode pecar, mas não permanece no pecado de forma habitual (1 Jo 3:9), e nada pode separá-lo do amor de Deus (Rm 8:38-39). Retrocessos temporários não comprometem a fidelidade divina nem a promessa de recompensa eterna. Cada pensamento, ação e circunstância da vida do crente está sob a direção soberana de Deus (Ef 1:11; Ec 11:5), que garante que tudo coopere para o bem daqueles que são chamados segundo Seu propósito.

Essa certeza desarma o legalismo contemporâneo, que transforma a graça em terror moral. Muitos crentes, escravizados pelo medo da falha, tentam preservar o galardão através de esforço próprio, vigilância constante ou perfeição impossível. O ensino bíblico é claro: o galardão não depende do desempenho humano, mas da obra de Deus que opera dentro do crente. Assim, a recompensa não é conquistada, mas revelada; não depende da constância humana, mas da fidelidade de Deus.

A tradição cristã reformada sempre ensinou que o galardão é seguro. Obras são frutos inevitáveis da fé; retrocessos ou falhas não alteram a promessa divina. Romanos 8:28-30 assegura que tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus, e que a obra de Deus não pode ser frustrada. Cada retrocesso é, na realidade, instrumento de Deus para aperfeiçoar o crente, não ameaça à sua recompensa.

O galardão, portanto, é seguro, inalienável e eterno. Ele é fruto da fé viva, expressão de obediência que surge da obra soberana de Deus, garantia de recompensa que permanece mesmo diante de tropeços. Cada disciplina é uma lapidação, cada falha uma oportunidade de purificação, e cada vitória é manifestação da graça que nos sustenta. Descansar na certeza do galardão é viver livre do medo, da ansiedade e da culpa, sabendo que a graça de Deus que produz frutos inevitáveis garante a recompensa eterna. O galardão está seguro na mão de Deus. Sempre esteve. Sempre estará.

🔥 O Cristianismo Não É Programa de Fidelidade

 



Por Yuri Schein

Há cristãos que morrem na Janela 10/40 — zonas de perseguição brutal, onde confessar Cristo pode custar o sangue. E há cristãos que vivem no Ocidente, com cafés gospel, ar-condicionado na liturgia e poltrona acolchoada para a adoração. Ambos morrem. Ambos ressuscitam. Ambos encaram o mesmo Senhor: Jesus Cristo, o Justo.


E sabe qual é a diferença salvífica entre eles?

Nenhuma.

O martírio não acrescenta méritos à cruz. A vida confortável não subtrai méritos da cruz. Porque não há méritos humanos na equação da salvação. Obras nunca foram moeda para comprar o Céu. Não existe “classe executiva” para mártires e “classe econômica” para quem não sofreu perseguição formal.


A justificação não é performance espiritual — é decreto eterno. “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Ef 2:8-9).

Se o sangue do mártir fosse moeda para comprar mais Céu do que o sangue do Cordeiro já pagou, então Cristo teria morrido em vão (Gl 2:21).

O ladrão na cruz não evangelizou uma nação, não plantou igrejas, não traduziu a Bíblia para povos inalcançados. Ele respirou seu último fôlego dizendo: “Lembra-te de mim.” E ganhou o Paraíso no mesmo instante. A parábola dos trabalhadores da vinha dá risada na cara do mérito humano: quem veio na última hora recebe o mesmo salário (Mt 20).

Isso choca os legalistas. Irrita os religiosos por obras. Ofende o orgulho de quem acha que pode melhorar a própria posição no Céu com musculação espiritual. Mas agrada a Deus — porque exalta somente Cristo.


O mártir na Ásia e o crente confortável no Ocidente estão nivelados na cruz. Ambos são 100% pecadores. Ambos são 100% justificados. Não há “melhor” cristão diante do Trono. Só há eleito — ou réprobo.

Se o teu irmão da Janela 10/40 é salvo, não é por morrer por Cristo.

É porque Cristo morreu por ele.


E isso basta. Sempre bastou. Sempre bastará.


🛡️ *Refutando a Insolência Cessacionista*


Yuri Schein 

Dizer que “os dons espirituais foram apenas para a época passada” é reduzir o Espírito Santo a um museu de relíquias históricas. A Bíblia não ensina tal obsolescência; pelo contrário, ela nos instrui a buscar os dons espirituais continuamente:

*“Aspirem aos dons maiores. E eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.” (1 Coríntios 12:31; 14:1)*


Note o tempo verbal: não é passado, é *imperativo presente.* Paulo não diz “aspiravam”, mas “aspirem”, a direção é para agora.

A afirmação de que “somente as Escrituras bastam” ignora que *a Escritura mesmo afirma a necessidade da operação do Espírito.* Deus não nos deu apenas papel e tinta; Ele nos deu o Espírito que concede poder, discernimento e ministério (1 Coríntios 12:4-11). Sem os dons, a Palavra não se torna viva para nós na prática. Se a Bíblia bastasse sem a ação do Espírito, o próprio ato de profetizar ou ensinar seria inútil, mas *Paulo* não ensina isso, ele *nos ordena a usar e desejar os dons.*


Do ponto de vista lógico:

1. Se os dons eram apenas para o passado, então os apóstolos falharam ao nos instruir a buscá-los e exercê-los.

2. Mas os apóstolos escreveram para todas as gerações (1 Coríntios 11:2), e o Espírito Santo não muda (Malaquias 3:6).

3. Logo, negar os dons hoje é rejeitar a mesma Palavra que se diz suficiente.


Em suma: a Escritura nos basta? Sim, mas o que ela diz? Ordena buscar os melhores dons. 

A Palavra e o Espírito nunca foram separados. Recusar os dons é subverter a lógica da própria Bíblia, negando que Deus continua ativo, operando e concedendo poder hoje. Quem diz que os dons cessaram, ou não leu Paulo, ou prefere um cristianismo anestesiado e burocrático.

📡 Emaranhamento Quântico no Universo Primitivo:

 


A arrogância da ciência tentando hackear o Logos

Yuri Schein


Os físicos dizem que “tudo estava emaranhado no Universo primitivo”. Bonito. Poético. Parece João 1, mas com laboratório no lugar do Céu. Querem trocar o Verbo por equações, e o Milagre pela Matemática. Eles olham para partículas que se “comunicam” instantaneamente e concluem: a realidade é absurda. Eu concluo: a filosofia deles é.

Einstein chamou o fenômeno de *“ação fantasmagórica à distância”*¹.

Eu chamo:

A ciência entrando de sola no terreno do Cristianismo sem pedir licença.

Os sacerdotes da indução crêem que, porque algumas experiências funcionam em 2025 num laboratório financiado por impostos, então todo o Cosmos funciona igualzinho desde sempre. Como se o microscópio fosse revelação especial e a bancada química fosse o Sinai.


A indução é Babel em linguagem técnica.

Eles acumulam dados como quem empilha tijolos para alcançar o céu².

O que chamam de não-localidade, a Bíblia chama de Deus sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder (Hb 1:3). Não é um campo quântico que faz dois elétrons conversarem no silêncio do vácuo; é o Criador dizendo: “Este com aquele. Agora”.

“Somente a Escritura pode ser axioma do conhecimento.”

— Gordon Clark³

Os físicos detectam que o efeito pode vir antes da causa e dizem: “a realidade desafia a lógica”. Não. O que desafia a lógica é tentar separar causalidade do Decreto Eterno.


Vincent Cheung enfatiza que:

“Não existe causa fora de Deus; todas as coisas são atos imediatos da mente divina.”⁴

O ocasionalismo não precisa de forças misteriosas.

Precisa apenas de Deus agindo — sempre.


Enquanto os cientistas brincam de decifrar a “teia quântica”, não percebem que estão apenas assistindo a mecânica do milagre. A verdadeira conexão entre todas as coisas não é partícula com partícula,mas Criador com criação.


“Nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28).

“E nele subsistem todas as coisas” (Cl 1:17).

O Universo primitivo não foi um mar de probabilidades.

Foi a execução temporal de um decreto perfeito.

Deus não está emaranhado com o mundo.

O mundo está emaranhado com Deus