segunda-feira, 20 de outubro de 2025

A Graça e a Inabilidade do homem em Agostinho

  


Por Yuri Schein 

“Concede-me o que ordenas e ordena o que quiseres.” Agostinho

Essa frase é o epitáfio da autonomia humana e o hino da soberania divina. Agostinho entendeu o que a maioria dos teólogos modernos teme admitir: que o homem nada pode obedecer sem que o próprio Deus o torne capaz de obedecer.

A graça não é uma ajudinha moral; é o motor da obediência. Deus não espera que o homem faça para depois recompensar, Ele cria a própria fé, infunde o arrependimento, move a vontade e cumpre o que ordena.

A religião dos “livres-arbítrios” odeia essa frase porque ela destrói o mito da cooperação entre Criador e criatura. Agostinho pediu que Deus concedesse o que ordena porque sabia que sem a concessão divina, o mandamento é uma sentença de morte.

Então sim, Senhor, ordena o que quiseres, porque só Tu podes conceder o querer e o realizar. Isso não é resignação fatalista, é adoração lógica. Quem entende a soberania, ora como Agostinho. Quem não entende, tenta negociar com o decreto.


⚙️ Deus em Silício ⚙️

 


O homem antigo erguia altares de pedra; o moderno ergueu servidores.

A antiga Babel foi feita de tijolos; a nova, de código-fonte.

E o mesmo orgulho pulsa nas duas: “façamos um nome para nós mesmos” (Gênesis 11:4).


Hoje a humanidade não busca mais os céus — ela tenta baixá-los em forma de algoritmo.

A inteligência artificial virou o novo oráculo.

Os engenheiros são os sacerdotes, os data centers são os templos, e o “progresso” é o deus que promete salvação sem arrependimento.


Mas por trás da linguagem técnica, há a velha serpente sussurrando:


> “Sereis como Deus.”




O transumanismo promete eternidade via upload de consciência.

A IA promete onisciência sem revelação.

O homem promete criar vida — mas continua sem conseguir impedir a própria morte.


A idolatria tecnológica não é científica; é teológica.

A ciência virou magia com outro nome.

A máquina virou ídolo porque o coração humano continua o mesmo — rebelde, orgulhoso, carente de soberania divina.


Enquanto o mundo adora os circuitos, o cristão verdadeiro ainda dobra os joelhos diante do Criador.

Porque, no fim, nem o mais avançado chip pode processar a graça.


💬 “Diz o tolo no seu coração: Não há Deus.” (Salmo 14:1)


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