segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Cortar Árvores é Ruim? Só Se Você Acreditar em Fadas

 


Por Yuri Schein 

Ah, o mantra ambientalista moderno: “Cortar árvores é ruim.” Que frase poética, tão cientificamente válida quanto acreditar que árvores vão pedir desculpas quando você as derruba. Vamos aos fatos – ou melhor, à realidade, que o ambientalismo ignora com elegância.

Árvores Não Sentem

Não, árvores não têm consciência. Elas não choram. Elas não sofrem. Se você acha que derrubar uma árvore é moralmente “ruim”, parabéns: você está projetando sentimentos humanos em madeira. Isso se chama antropomorfismo, e é tão científico quanto crer que pedras têm medo do escuro.

Ciência? Sim… Mas Não Absoluta

Claro, podemos medir efeitos do corte de árvores. E sim, há situações em que cortar árvores é benéfico:

Árvores invasoras eliminadas = espécies nativas prosperam

Desmatamento planejado = regeneração acelerada

Silvicultura industrial = menos pressão sobre florestas virgens

Mas aqui vem o detalhe que poucos ambientalistas consideram: toda ciência é baseada em indução. Observamos padrões, coletamos dados, fazemos generalizações… mas nenhum experimento, estudo ou gráfico pode provar que cortar árvores é sempre “ruim”. Sempre existe a possibilidade de que a próxima observação contradiga a conclusão.

Moralidade Não Se Deduz de Gráficos

Mesmo que todos os estudos mostrassem impactos negativos, isso não estabelece moralidade absoluta. Ciência informa consequências, mas não diz o que é certo ou errado. A moralidade não surge de tabelas de crescimento de plantas ou imagens de satélite.

Neutralidade da Realidade

A floresta não julga. A natureza não cria slogans. Consequências existem, mas bom ou ruim é um conceito humano, não científico. A realidade é epistemologicamente neutra: não há argumento científico capaz de provar moralmente que cortar árvores é “ruim” ou “bom”.

Pare de Plantar Dogmas

Então, da próxima vez que alguém gritar “cortar árvores é ruim”, sorria. Você está diante de ideologia disfarçada de ciência. Podemos estudar efeitos, medir impactos e analisar dados… mas a indução científica nunca cria certezas morais universais.

No final, a única posição racional é simples: a realidade é neutra. E se alguém insiste em culpar o machado? Bem-vindo ao reino do pensamento mágico moderno, onde slogans substituem lógica e indução é ignorada.

Tomás de Aquino: O “Filósofo Cristão” ou o Aristóteles de Batina?

 


por Yuri Schein 

Tomás de Aquino (1225–1274), o grande Doutor Angélico, é muitas vezes celebrado como o reconciliador entre fé e razão. Ele tentou pegar o grego Aristóteles, dar-lhe um roupão teológico e apresentá-lo como cristão. Mas aqui entra o problema: transformar filosofia pagã em dogma cristão não gera verdade revelada; gera um híbrido de metal e barro.

Enquanto Aristóteles separava o homem de Deus, Tomás tentou colar a fé sobre a razão humana, criando sistemas que parecem cristãos, mas que, ao analisar de perto, retratam mais o grego do que o Cristo bíblico. É a grande ilusão do escolasticismo: acreditar que a mente finita pode “compreender” Deus a partir de princípios humanos.

A Síntese da Teologia Tomista

Tomás separa a verdade em fé (revelação) e razão (filosofia). Ele admite, em teoria, que só Deus revela a verdade última. Porém, na prática, Aristóteles se torna o árbitro do que é racional e do que é “coerente” com a fé. Resultado: a fé é constantemente filtrada por uma lógica humana que, mesmo adornada com referências bíblicas, permanece falível, limitada e grega demais.

Cinco Vias: Engenharia da Soberania

Tomás é famoso pelas Cinco Vias para provar a existência de Deus. Elas são elegantes, impecáveis em silogismos, mas aqui entra a ironia: todas tentam chegar a Deus pela razão humana. A revelação bíblica, por outro lado, mostra que o homem não descobre Deus por indução, mas é chamado, iluminado e sustentado pelo Espírito. Tomás, como Aristóteles, confia que a mente humana caída pode deduzir a existência do Criador, como se uma vela pudesse iluminar o Sol!

A Lei Natural: Ética de Racionalidade Humana

No campo da ética, Tomás constrói a Lei Natural, tentando explicar moralidade através da razão. Novamente, o problema é o mesmo de Aristóteles: a mente humana, embora capaz de distinguir certo e errado, não alcança a verdadeira justiça, nem a santidade, sem Cristo. O tomismo, portanto, fornece uma ética “quase cristã”, adequada para administração de impérios, mas incapaz de salvar almas.

Mistura de Gênio e Limitação

Tomás é genial: sistematizou a teologia, organizou o pensamento medieval e influenciou séculos de Igreja Católica. Mas é aqui que a pegada de Yuri Schein brilha: o Doutor Angélico mostra que mesmo a mente mais disciplinada e devota, sem Cristo como fundação, produz ouro misturado a barro. Um Aristóteles com batina, que olha para Deus e ainda assim mede Sua grandeza com régua humana.

Tomás nos ensina duas lições, se tivermos olhos para ver:

O homem pode trabalhar intelectualmente sobre Deus e fazer isso muito bem, mas a obra nunca chega à perfeição divina.

A razão humana não ilumina a mente; só a revelação e a graça salvam. Em outras palavras, Tomás de Aquino é uma advertência viva: toda sofisticação filosófica, quando separada de Cristo e da Escritura, é só aparência de sabedoria.

Se o conhecimento verdadeiro sobre Deus depende da revelação divina, mas Tomás tentou alcançar a maior parte de sua teologia pelo raciocínio humano, então Tomás não alcançou conhecimento plenamente verdadeiro.

Se a moralidade perfeita depende de Deus, mas Tomás baseou a ética em princípios derivados da razão humana, então a moralidade tomista é limitada e imperfeita.