sexta-feira, 16 de maio de 2025

Isidoro de Sevilha: O Enciclopedista do Ignorável

 Isidoro de Sevilha: O Enciclopedista do Ignorável

“Os ímpios querem aprender tudo, exceto a Verdade.”

— Vincent Cheung

1. Introdução: O Santo das Fichas

Isidoro de Sevilha (c. 560–636) foi um bispo espanhol, mais lembrado por sua compulsiva mania de anotar qualquer coisa, independentemente de sua relevância teológica, filosófica ou mesmo factual. Sua famosa obra, Etimologias, é basicamente o equivalente medieval de um blog alimentado por cópias aleatórias da Wikipedia pagã.

O Vaticano, em um ato quase irônico, declarou-o padroeiro da Internet — talvez por ser o primeiro a despejar uma massa indiscriminada de dados sem critério epistemológico algum, uma espécie de data dump patrístico.

2. A Ontologia do Papel Velho

Isidoro acreditava que coletar nomes, origens de palavras e relatos de bestas mitológicas contribuía para o avanço do saber cristão. Em vez de perguntar “o que é o conhecimento?” ou “qual a fonte do saber verdadeiro?”, ele perguntava “quantos tipos de ânforas existiam entre os romanos?”.

Citação Pressuposicionalista – Gordon Clark:

“A ignorância não é curada pelo acúmulo de dados, mas pela substituição de premissas falsas por proposições verdadeiras reveladas.” (A Christian View of Men and Things)

Silogismo demonstrando sua Confusão Ontológica:

• P1: A verdade é aquilo que se conforma com a mente de Deus revelada nas Escrituras.

• P2: Isidoro encheu sua obra de mitos, erros naturais e anedotas pagãs como se fossem edificantes.

• Conclusão: Logo, Isidoro registrou uma multidão de falsidades como se fossem parte do conhecimento cristão.

3. A Epistemologia do Recorte-e-Cola

Em Etimologias, não há estrutura teológica coerente, apenas um amontoado de fragmentos: gramática, medicina, música, astrologia, agricultura, sem discernimento revelacional. Para Isidoro, saber que a palavra "luz" vem de "lucere" importava mais do que saber que Deus é Luz (1Jo 1:5).

Citação Pressuposicionalista – Vincent Cheung:

“O empirismo e o tradicionalismo são apenas formas diferentes de ignorar a revelação divina.” (Ultimate Questions)

Silogismo da Epistemologia de Retalhos:

• P1: O conhecimento cristão começa pela revelação infalível das Escrituras.

• P2: Isidoro começa pela tradição romana, folclore e etimologias pagãs.

• Conclusão: Portanto, Isidoro não começou pelo conhecimento cristão, mas pela apostasia epistemológica.

4. A Moralidade dos Catálogos

A moralidade de Isidoro, se é que pode ser sistematizada, aparece em seções genéricas sobre virtudes romanas e hábitos monásticos. Há pouca ou nenhuma análise dos dilemas morais com base no caráter de Deus ou em Sua Lei. Um enciclopedista que fala de vícios como quem descreve tipos de vinho.

Citação Pressuposicionalista – John Frame:

“Toda ética que não tem a soberania de Deus como padrão último é idolatria.” (The Doctrine of the Knowledge of God)

Silogismo da Moral de Biblioteca:

• P1: A ética verdadeira é normada exclusivamente pelo caráter e preceitos de Deus revelados.

• P2: Isidoro trata moralidade como coleção de virtudes culturais eclesiásticas e greco-romanas.

• Conclusão: Logo, Isidoro não ofereceu ética cristã, mas um bestiário moralista paganizado.

5. Teologia de Arquivista

A teologia de Isidoro aparece como apêndice de sua taxonomia geral. Em vez de proclamar o Deus Triúno como fundamento de todo saber, ele o submete à lógica da organização por ordem alfabética. Enquanto Paulo diz que em Cristo estão escondidos “todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” (Cl 2:3), Isidoro tenta escondê-los em uma ficha bibliográfica.

Citação Pressuposicionalista – Cornelius Van Til:

“Ou Deus é a base de todo conhecimento, ou o homem caminha em completa ignorância.” (The Defense of the Faith)

Silogismo da Teologia Alfabetizada:

• P1: A teologia verdadeira submete todos os campos do saber a Cristo como Senhor.

• P2: Isidoro submete Cristo e os demais temas à ordem de temas variados e vocabulários.

• Conclusão: Portanto, a teologia de Isidoro é um anexo subordinado ao método humano, não ao Deus soberano.

6. Conclusão: O Wikipedia da Ignorância Ilustrada

Isidoro não é propriamente um herege, mas um monumento à irrelevância epistemológica. Seu legado foi transformar a teologia em museu, o saber cristão em manual de curiosidades, e a verdade revelada em rodapé de rodapé.

A única coisa que Isidoro provou é que quantidade não é qualidade, e que o inferno intelectual está pavimentado de boas intenções bibliográficas.

Citação Final – Vincent Cheung:

“Se não começarmos com a Palavra de Deus como o princípio axiomático, terminaremos em estupidez disfarçada de erudição.” (Systematic Theology)