Por Yuri Schein
Em Josué 21.43-45 lemos: “Assim, deu o Senhor a Israel toda a terra... Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel; tudo se cumpriu.” Esse é o epitáfio da incredulidade moderna: Deus não falha. O texto é uma bomba contra o pessimismo amilenista e o sensacionalismo premilenista, porque mostra o caráter inquebrável da Palavra.
O pós-milenismo se alimenta exatamente disso: o Deus que cumpre promessas em Canaã é o mesmo que cumpre a promessa de dar a Cristo todas as nações (Sl 2.8). Se nenhuma promessa caiu por terra naquele microcosmo de Israel, como alguém ousa sugerir que, agora, no macrocosmo do Reino, Cristo falhará em conquistar o mundo pela pregação do evangelho?
Amilenistas lêem esse texto e fazem malabarismo: dizem que “tudo se cumpriu” só valia para Israel, e que no Novo Testamento não há garantias históricas. É como se Deus fosse fiel no livro de Josué, mas tivesse se tornado tímido em Atos dos Apóstolos. Premilenistas, por sua vez, enxergam em cada promessa uma lacuna a ser “finalmente” resolvida em um milênio político futuro, como se o já cumprido fosse apenas um “quase lá”. Ambos recusam o óbvio: o Deus que cumpre, cumpre totalmente.
Josué não é um capítulo isolado da história, mas um paradigma escatológico. Se Israel descansou em sua herança, muito mais a Igreja descansará no domínio universal de Cristo, porque nenhuma promessa falhará.

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