O tema da escravização sexual de adolescentes no mundo árabe é complexo, sensível e profundamente alarmante. Envolve fatores culturais, históricos, jurídicos e religiosos. Abaixo está uma exposição crítica e factual sobre a questão, com especial atenção à relação com a lei islâmica (sharia), a situação contemporânea e implicações éticas e teológicas.
1. Escravização sexual e o Islã clássico
Historicamente, dentro do direito islâmico clássico (sharia), a escravidão era permitida, e isso incluía a escravidão sexual. O Alcorão permite relações sexuais com “aquilo que a mão direita possuir” (ou seja, escravas):
Alcorão 4:24 — "E [também vos são proibidas] as mulheres casadas, exceto aquelas que a vossa mão direita possua. Isso vos é prescrito por Deus."
Alcorão 23:5-6 — "[Bem-aventurados são] aqueles que guardam sua castidade, exceto com suas esposas ou com aquilo que suas mãos direitas possuírem..."
Essas passagens foram tradicionalmente interpretadas por eruditos muçulmanos como permissões divinas para ter relações sexuais com escravas de guerra, mesmo sem seu consentimento, o que, em termos modernos, configura estupro sistemático sancionado religiosamente.
Além disso, os hadiths (ditos de Maomé) confirmam essa prática. Por exemplo:
Sahih Muslim 3432 — "Foi permitido aos companheiros de Maomé fazer sexo com mulheres cativas de guerra mesmo que fossem casadas...
2. Casamento infantil e abuso legalizado
A lei islâmica tradicional também permite o casamento de meninas muito jovens, inclusive pré-púberes, com base no exemplo de Maomé, que segundo os hadiths se casou com Aisha quando ela tinha 6 anos e consumou o casamento aos 9:
Sahih al-Bukhari 5133 — "O Profeta se casou com Aisha quando ela tinha seis anos e consumou o casamento quando ela tinha nove."
A partir disso, diversos países de maioria islâmica não fixam idade mínima clara para o casamento, ou permitem exceções judiciais ou religiosas que acabam por legalizar a pedofilia religiosa.
3. Práticas contemporâneas no mundo árabe
Hoje, embora a escravidão legal tenha sido abolida na maioria dos países, formas modernas de escravidão sexual ainda ocorrem:
Iêmen, Arábia Saudita, Sudão e Mauritânia ainda possuem denúncias frequentes de escravidão sexual e casamento forçado de meninas.
“Casamentos temporários” (mut‘ah) são praticados em países como Irã, servindo como fachada para prostituição religiosa legalizada.
Refugiadas sírias e iraquianas têm sido vítimas de tráfico sexual sob pretexto de casamento.
O Estado Islâmico (ISIS) escravizou milhares de meninas yazidis, justificando suas ações com base no Alcorão e nos hadiths.
4. Meninos e “bonecas humanas”
No Afeganistão e em partes do Paquistão, existe a prática conhecida como Bacha Bazi (“brincadeira com meninos”), em que meninos são vestidos como mulheres, dançam para homens adultos e são abusados sexualmente. Isso é uma prática cultural, mas geralmente tolerada pelas autoridades religiosas locais, embora formalmente proibida em alguns países.
Essa perversão mostra um duplo padrão, onde a homossexualidade é oficialmente condenada, mas práticas homossexuais pederastas são toleradas em contextos específicos de poder e dominação.
As chamadas “bonecas humanas” referem-se, em certos contextos, a meninas e meninos transformados em objetos sexuais por meio de escravidão, maquiagem, dança e abuso — prática associada a tráfico humano, pornografia e exploração sistemática, inclusive sob silêncio cúmplice de líderes religiosos.
5. Ética cristã e crítica teológica
Do ponto de vista cristão e bíblico, essas práticas são totalmente condenáveis. O Deus da Bíblia:
Proíbe o abuso sexual (Levítico 18; Deuteronômio 22)
Exige o cuidado com os órfãos e vulneráveis (Salmo 82; Tiago 1:27)
Abomina qualquer exploração de crianças (Mateus 18:6)
Ao contrário do islã clássico, Jesus nunca legitimou a escravidão sexual — nem com adultas, nem com crianças, nem com “escravas de guerra”. O Evangelho é libertador em todos os sentidos.
6. Conclusão
Sim, há suporte na jurisprudência islâmica clássica para a escravização sexual de mulheres e meninas, e em menor grau, meninos. Essa herança jurídica ainda afeta práticas contemporâneas em países muçulmanos, onde leis frouxas ou ausentes permitem abuso sistemático.
O problema é agravado quando críticas a isso são vistas como “islamofobia” por parte da cultura ocidental pós-cristã, que em nome do multiculturalismo fecha os olhos para crimes cometidos com fundamento religioso.
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