domingo, 19 de outubro de 2025

A Geração do Vidro: Força Moral em Extinção



Por Yuri Schein

Vivemos na era do toque leve, onde a verdade precisa vir embrulhada em algodão para não ferir ninguém. Uma geração que se ofende com palavras, mas não se envergonha de sua própria fraqueza. Rejeita autoridade, disciplina e dureza, e chama isso de liberdade. Mas o que cresce sem resistência apodrece sem raiz.

Os antigos suportavam fardos; os novos reclamam de opiniões. E assim se forma o império do “mimimi”: gente que exige respeito, mas não o conquista; que fala em empatia, mas não suporta correção. É uma masculinidade domesticada e uma feminilidade caricata — todos moldados por uma ética de papel, que não resiste à chuva da verdade.

A Bíblia nunca poupou palavras duras. Jesus chamou hipócritas de sepulcros caiados; Paulo repreendia com firmeza; os profetas gritavam contra o pecado. Hoje, qualquer frase mais direta é “discurso de ódio”. A sensibilidade virou desculpa para a covardia espiritual.

O cristão precisa resgatar a força moral — não a brutalidade, mas a coragem. A fé não é feita de voz mansa e frases bonitas, mas de espinha ereta e convicção inegociável. O Evangelho não é terapia para egos frágeis, é espada para corações endurecidos.

Chega de medo de parecer “duro demais”. O mundo não precisa de mais doçura — precisa de verdade. E a verdade, dita com amor, continuará ferindo os que amam a mentira.

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