Por Yuri Schein
O pĂłs-milenismo Ă© o escândalo da esperança, o cristianismo que crĂŞ, sem pedir desculpas, que o Evangelho funciona. Enquanto os amilenistas espiritualizam o Reino e os prĂ©-milenistas o adiam, o pĂłs-milenista lĂŞ Mateus 28.18–20 literalmente: “Toda autoridade me foi dada no cĂ©u e na terra.” Cristo nĂŁo espera reinar, Ele já reina.
O erro dos demais sistemas Ă© hermenĂŞutico e, portanto, teolĂłgico. O prĂ©-milenista nĂŁo compreende que o trono de Davi Ă© celestial (At 2.29–36), nĂŁo polĂtico. O amilenista, por sua vez, interpreta a vitĂłria do Cordeiro como mera resistĂŞncia. Mas o salmista nĂŁo diz que as nações apenas ouvirĂŁo o Evangelho, ele diz: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança” (Sl 2.8).
O pós-milenismo é a teologia da coerência: Cristo reina, logo o mundo será discipulado. A parábola do fermento (Mt 13.33) não é uma metáfora de fracasso, mas de penetração e transformação. O mundo não piora; ele está sendo fermentado pelo Reino. O diabo não governa ele foi destronado (Jo 12.31).
Dizer que a Igreja perde Ă© dizer que o EspĂrito Santo falha. Mas IsaĂas profetizou: “Da terra se encherá o conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11.9). E Paulo confirma: “É necessário que Ele reine atĂ© que haja posto todos os inimigos debaixo dos seus pĂ©s” (1Co 15.25). Esse “atĂ©” Ă© a histĂłria em curso nĂŁo o cĂ©u futuro.
O pĂłs-milenismo Ă© simples porque Ă© bĂblico: Cristo reina, o Evangelho avança, e o mundo será restaurado. É a fĂ© que recusa o pessimismo covarde disfarçado de humildade. É a escatologia que lĂŞ as profecias nĂŁo com medo, mas com convicção. O fim nĂŁo Ă© colapso Ă© triunfo.
O Reino não vem com observação porque já está entre nós.
Notas:
1. Jonathan Edwards, A History of the Work of Redemption, 1774.
2. Greg L. Bahnsen, Victory in Jesus: The Bright Hope of Postmillennialism, 1999.
3. Kenneth L. Gentry Jr., He Shall Have Dominion, 2015.
4. Vincent Cheung, Kingdom and Victory, 2006.

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