segunda-feira, 12 de maio de 2025

Demócrito de Abdera — O Atomista que Desintegrou a Razão

 Demócrito de Abdera — O Atomista que Desintegrou a Razão

 “Dize ao tolo: teus átomos não pensam, tampouco tu.” — Provérbio pressuposicionalista (composto de sarcasmo e lógica revelacional)

A Grécia clássica é um verdadeiro zoológico de absurdos filosóficos. Entre os animais mais coloridos está Demócrito de Abdera (c. 460–370 a.C.), uma espécie de ateu avant la lettre, cujo pensamento serviu de ensaio para o materialismo moderno. Ele nos presenteia com a ideia de que tudo — absolutamente tudo — é composto de átomos e vazio. O riso se mistura ao desprezo santo enquanto desmascaramos esse pagão do século V a.C., que achava que o universo era feito de bolinhas invisíveis

Sim, para Demócrito, o mundo é feito de pequenas partículas indivisíveis que colidem no vácuo, como se a vida fosse um eterno jogo de bilhar cósmico. Alma? Espírito? Moral? Lógica? Tudo isso, para ele, é apenas rearranjo de átomos. Ao que parece, seu cérebro — também feito de átomos — não percebeu o ridículo disso.

Os Átomos: O Evangelho Segundo o Nada

Demócrito não criou apenas uma cosmologia: ele fundou uma anti-teologia. Afirmava que não há propósito, desígnio ou providência — apenas átomos eternos dançando sem maestro. Em suas próprias palavras, preservadas por Diógenes Laércio:

 “O homem é um composto de átomos; a alma é um conjunto de átomos mais suaves e redondos.” (Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres, IX)

Átomos suaves. Que poético. Seria mais honesto se dissesse que sua mente era feita de isopor metafísico.

Como Gordon Clark declarou:

 “Um universo sem Deus só pode produzir um pensamento sem sentido.”

(Religion, Reason and Revelation, p. 58)

Demócrito pensa que pode construir conhecimento a partir do caos. Ele acredita que a colisão cega de partículas pode gerar raciocínio, moralidade, beleza e verdade. Esse é o tipo de filosofia que só pode ser criada por alguém que nunca foi confrontado com a verdade revelada — ou que a desprezou.

Vincent Cheung, com sua precisão demolidora, crava:

 “O naturalismo de Demócrito é apenas ignorância adornada com linguagem grega.”

(Ultimate Questions, p. 41)

Conhecimento? Só Se os Átomos Permitirem…

Para que haja conhecimento, é preciso uma mente racional, um padrão lógico absoluto, e uma correspondência real entre ideias e realidade. Demócrito destrói isso tudo em nome de sua religião atomista. Se tudo que existe são partículas impessoais, então as ideias que você tem são apenas movimentos mecânicos no cérebro. Não há juízo, apenas fluxo. Não há lógica, apenas química. Você não pensa: você é pensado por seus átomos.

Cornelius Van Til já refutou esse delírio com perfeição:

 “Se não começarmos com a Trindade como pressuposição, então não há base para unidade ou diversidade, para lógica ou moralidade, para ciência ou história.”

(The Defense of the Faith, p. 115)

O atomismo de Demócrito é a negação da própria racionalidade. É um tiro no próprio cérebro filosófico — e ele ainda sorri enquanto sangra intelectualmente.

Moralidade? Um Truque dos Átomos

Demócrito ousou falar sobre virtudes como moderação, coragem, sabedoria e justiça. Isso mesmo: ele pegou os conceitos morais absolutos da tradição grega — e os explicou como produto de átomos. Na tentativa de manter algum senso de civilidade, ele pisoteou a base para qualquer noção ética real.

Se a alma é feita de átomos e os impulsos morais são apenas reações físico-químicas, então não há diferença real entre Sócrates e um estômago roncando. O assassinato é só uma redistribuição atômica. A caridade? Uma troca de prótons. O arrependimento? Uma descarga de elétrons.

Como disse John Frame:

 “Sem a revelação de Deus, os conceitos de certo e errado perdem todo o sentido. Ética vira sociologia subjetiva.”

(Apologetics to the Glory of God, p. 72)

Demócrito é o ancestral de Richard Dawkins, Sam Harris e outros céticos modernos — todos eles, ironicamente, usando a lógica emprestada da cosmovisão cristã para tentar refutar o cristianismo. É como tentar serrar o galho enquanto se está sentado nele. Parabéns, Abdera: tu criaste o primeiro humanismo suicida.

Átomos Eternos? Isso Te Lembra Alguém?

A ideia de partículas eternas e indestrutíveis é uma cópia barata do conceito bíblico de um Deus eterno e imutável. Só que Demócrito substituiu a glória do Criador por um panteão de bolinhas dançantes. Não é à toa que Paulo, inspirado pelo Espírito, zombou desses filósofos:

 “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos...” (Romanos 1:22)

Gordon Clark arremata:

 “Todo sistema não-cristão é incoerente e autocontraditório. Ele rouba conceitos do cristianismo para tentar justificar sua própria negação de Deus.”

(Three Types of Religious Philosophy, p. 23)

Demócrito queria permanência sem Pessoa, ordem sem Ordenador, racionalidade sem Razão. Ele queria os efeitos de Deus sem a causa. Resultado? Um universo frio, cego e burro — e um filósofo que o chamava de lar.

Conclusão: Filosofia de Pó

Demócrito morreu convencido de que os átomos explicavam tudo. Mal sabia ele que, no Dia do Juízo, seus próprios átomos testemunharão contra ele. O pó de que tanto falou o tragou — e o seu sistema foi reduzido ao que sempre foi: ruído sem significado.

O cristão, por outro lado, pode declarar com confiança:

 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (João 1:1)

Não somos bolinhas sem sentido flutuando no vácuo. Somos criados, moldados e sustentados pela Palavra do Deus trino. Demócrito preferiu o pó à Palavra. Que sua memória fique como lembrete: toda tentativa de filosofia sem Cristo termina no nada — ou no átomo.

Fontes:

Cornelius Van Til, The Defense of the Faith, P&R Publishing.

Vincent Cheung, Ultimate Questions, Reformed Publishing.

Gordon H. Clark, Religion, Reason and Revelation, The Trinity Foundation.

John Frame, Apologetics to the Glory of God, P&R Publishing

Diógenes Laércio, Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres, Livro IX.

Cícero, De Natura Deorum, Livro I.


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