terça-feira, 13 de maio de 2025

Carneades de Cirene – O Sumo Sacerdote do Ceticismo Autodestrutivo

 Carneades de Cirene – O Sumo Sacerdote do Ceticismo Autodestrutivo

Imagine um homem cuja grande “virtude intelectual” era a negação da possibilidade de qualquer certeza. Esse homem foi Carneades, líder da Nova Academia, famoso por argumentar contra tudo — inclusive contra si mesmo. Ele fundou sua reputação no fato de que nenhuma crença é justificada com certeza, e que devemos viver guiados por “o que parece mais provável”.

Ele era o relativista dos relativistas, o sofista acadêmico, o apóstolo do agnosticismo universal.

Como diria Vincent Cheung:

“O cético radical precisa de um nível tão absurdo de certeza para aceitar uma crença que, no final, ele nem consegue crer que está pensando.”

I. A “Suspensão do Juízo”: Louvor à Paralisia Mental

Carneades ensinava que não devemos afirmar nada com certeza, apenas seguir probabilidades. Ora, isso é como dizer: “Nunca confie em nada... inclusive no que acabei de dizer.”

Gordon Clark demole isso com precisão:

“Se o cético disser que não se pode conhecer nada com certeza, então devemos perguntar: 'Você sabe isso com certeza?' Se sim, ele se contradiz. Se não, então seu argumento não tem valor. O ceticismo absoluto é autodestrutivo.”

Silogismo refutando o ceticismo de Carneades:

P1. Toda proposição autocontraditória é necessariamente falsa.

P2. A tese de que “não se pode saber nada com certeza” é uma proposição que se destrói ao ser afirmada com certeza.

Conclusão: Logo, o ceticismo de Carneades é falso por autocontradição.

Esse tipo de filosofia não pode justificar nem a própria existência. Carneades não pode afirmar nem mesmo que ele estava pensando, sob pena de afirmar algo com certeza.

Como bem coloca Van Til:

“O homem descrente afunda em ceticismo porque quer conhecer tudo à parte de Deus. E quando tenta construir epistemologia com as ferramentas da razão autônoma, acaba serrando o próprio galho no qual está sentado.”

II. A Moralidade Probabilística: Ética Baseada em Palpites

Carneades chegou ao ponto de rejeitar até mesmo a possibilidade de um fundamento racional para a ética. A justiça? É uma convenção social. A moralidade? Uma ilusão útil. O bem e o mal? Termos relativos ao contexto político.

Em um famoso discurso, ele fez dois argumentos brilhantes: um a favor da justiça e outro contra a justiça — igualmente persuasivos. Isso não é honestidade intelectual; é niilismo retórico.

Greg Bahnsen, rindo dessa incoerência, comenta:

“O cético quer discutir ética e lógica depois de serrar os trilhos onde o trem da razão deveria passar.”

Silogismo contra a ética cética:

P1. Se não há verdade objetiva, então não há padrão moral objetivo.

P2. Se não há padrão moral objetivo, então não há base racional para distinguir justiça de injustiça.

P3. Carneades rejeita a verdade objetiva.

Conclusão: Logo, Carneades não pode fundamentar qualquer discurso ético.

E como bem sentencia Rushdoony:

“Sem a lei de Deus, toda moralidade é apenas força bruta com verniz acadêmico.”

III. Carneades versus a Revelação: A Rebelião do Ignorante Orgulhoso

Carneades é o perfeito exemplo da epistemologia caída: sabendo que Deus existe, suprime essa verdade na injustiça (Rm 1:18). Seu ceticismo não é neutro — é uma arma. Uma desculpa. Um álibi sofisticado para continuar rebelde sem admitir culpa.

Cheung crava o punhal:

“O cético diz que não sabe se Deus existe, mas vive como se soubesse que Ele não existe. Isso o condena duas vezes: por ignorância falsa e por hipocrisia intelectual.”

P1. Se Deus existe, então há verdade objetiva, revelada e racional.

P2. O ceticismo radical nega a possibilidade de verdade objetiva.

Conclusão: Logo, o ceticismo radical é uma negação implícita da existência de Deus — e, portanto, uma forma sofisticada de ateísmo.

Mas como o próprio Clark afirmava:

“A única certeza é a Palavra de Deus. Fora disso, tudo é ignorância organizada.”

IV. Carneades no Século XXI: O Cético Acadêmico de Terno e TED Talk

Os filhos modernos de Carneades estão vivos e bem — nas universidades, nas redes sociais, nos podcasts de filosofia. Eles dizem coisas como:

• “Não podemos ter certeza de nada.”

• “Todas as verdades são construções culturais.”

• “A moralidade é fluida.”

• “Sua lógica é apenas uma convenção ocidental.”

Mas, claro, eles dizem tudo isso com convicção absoluta.

Como zombaria final, eles escrevem livros e dão palestras tentando nos convencer de que não se pode convencer ninguém de nada.

O cético moderno é Carneades com Wi-Fi — argumentando com todo fervor que não se pode argumentar com fervor.

Conclusão: Carneades, o Cético que Sabia Demais (Ou Nada)

A Nova Academia de Carneades não é nova nem acadêmica. É a velha serpente, sibilando: “É assim mesmo que Deus disse?” Mas agora com toga e títulos.

Carneades é o arquétipo do insensato de Provérbios 1:7 — que despreza a sabedoria e a instrução porque rejeita o temor do Senhor. Sua dúvida não é sábia; é blasfema. Sua lógica não é neutra; é rebelde. E sua mente não é nobre; é réu.

Em resumo, Carneades tentou matar a epistemologia com a arma da dúvida. E terminou atirando contra o próprio crânio.


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