Pirro de Élida — O Patrono da Ignorância Sistemática
“Se nada pode ser conhecido, então o ceticismo também não pode ser conhecido.” — Gordon H. Clark
Introdução: Quando a Ignorância Vira Virtude
Pirro de Élida (c. 360–270 a.C.), segundo nos dizem os admiradores da burrice adornada com toga, foi o pai do ceticismo filosófico. Sua doutrina central? Não se pode conhecer nada. E, portanto, a postura mais sábia é suspender o juízo (epoché). É isso mesmo: a filosofia de Pirro consiste em virar o rosto para o Logos, amarrar os próprios olhos e depois se gabar de que "não vê erro nenhum".
O pressuposicionalista cristão responde a isso com um misto de riso e pena. Riso, porque é intelectualmente hilário. Pena, porque revela a depravação da mente caída — aquilo que Van Til chamou de “epistemologia do pecado original”. Pirro não quer saber, e quer saber que não se pode saber. Bravo!
I. O Autoenforcamento do Ceticismo
Pirro afirma que não se pode conhecer nada com certeza. Mas — e aqui está o golpe fatal — essa própria afirmação é feita com pretensão de certeza.
Silogismo 1: A Espada no Abdômen
1. Todo conhecimento é impossível.
2. A afirmação de que todo conhecimento é impossível é uma alegação de conhecimento.
3. Logo, a afirmação de que todo conhecimento é impossível se autodestrói.
Pirro diz: "Não sei se sei." Clark responde: "Então cale-se e pare de escrever tratados tentando me convencer disso."
Como escreveu Cheung:
> “A dúvida universal é autocontraditória. Se alguém diz que nada pode ser conhecido, essa é uma proposição que pretende ser conhecida — o que refuta a própria alegação.”
Bahnsen diria que Pirro é como o tolo de Provérbios 26:9, segurando o ceticismo como um espinho na mão de um bêbado.
II. A Suspensão do Juízo — Um Delírio Ético
Pirro acreditava que a suspensão do juízo levaria à ataraxia, ou paz de espírito. Essa é a típica ilusão pagã: imaginar que a ignorância voluntária trará paz — como se enfiar a cabeça na areia fizesse o leão desaparecer.
Mas essa "paz" é o mesmo tipo de paz que o bêbado sente antes de cair no abismo. A verdadeira paz, diz a Escritura, é fruto da reconciliação com Deus pela verdade revelada — não pela alienação voluntária.
Silogismo 2: O Remédio Envenenado
1. Só há paz verdadeira na verdade.
2. O ceticismo nega a possibilidade de conhecer a verdade.
3. Logo, o ceticismo destrói a possibilidade de paz verdadeira.
Como dizia Van Til:
> “O homem que se recusa a conhecer a Deus tenta encontrar consolo em uma ignorância que ele mesmo não consegue sustentar.”
Pirro é como um paciente que nega ter câncer porque se recusa a abrir o diagnóstico — e acha que isso o curou.
III. Ceticismo: A Última Religião dos Idólatras
A filosofia de Pirro não é apenas um erro lógico: é um culto. Um culto à ignorância, uma tentativa idólatra de se esconder da luz divina.
Como expõe Francis Schaeffer, toda filosofia não-cristã acaba sendo irracional ou autodestrutiva — porque rejeita o fundamento da racionalidade: a mente de Deus revelada em Sua Palavra.
Silogismo 3: Idolatria Epistemológica
1. Toda negação da revelação divina é idolatria.
2. O ceticismo pirrônico nega a possibilidade da revelação divina.
3. Logo, o ceticismo pirrônico é idolatria epistemológica.
É por isso que Gordon Clark insiste que:
“O conhecimento é possível apenas se Deus revela. E Ele o fez, proposicionalmente, nas Escrituras.”
Pirro, em seu culto à ignorância, não é diferente dos adoradores de Baal: ambos sacrificam a razão no altar da rebelião.
IV. O Pirronismo Moderno: Herdeiros da Estupidez Sagrada
Não pensemos que o pirronismo morreu com Pirro. Ele apenas trocou a toga pela beca universitária. Céticos modernos como Hume, Kant, Foucault e os pós-modernistas são apenas Pirros reciclados — repetindo a mesma tolice com vocabulário atualizado.
O pressuposicionalismo os refuta da mesma forma: expondo suas autocontradições e apelando à revelação bíblica como fundamento único do conhecimento.
Silogismo 4: O Inimigo Perpétuo da Lógica
1. A autocontradição invalida qualquer sistema filosófico.
2. O pirronismo moderno é autocontraditório:
3. Logo, o pirronismo moderno é inválido.
Vincent Cheung resume bem:
> “Toda forma de ceticismo é um suicídio intelectual e, no fim, um pecado contra Deus.”
Conclusão: O Sábio em Seu Próprio Entendimento
Pirro de Élida representa o clímax da tolice humana: um homem que fez da ignorância uma filosofia e da covardia uma virtude. Sua suposta sabedoria é apenas um monumento à rebelião humana contra a verdade de Deus.
Ao invés de “suspender o juízo”, o crente submete o juízo à revelação divina. Ao invés de duvidar de tudo, o cristão crê com certeza naquilo que Deus diz. O cético vive em trevas — não porque não haja luz, mas porque ele fecha os olhos e amaldiçoa o Sol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário