quarta-feira, 10 de abril de 2019

O Padrão Cristão de "Mansidão" não é o padrão do não-cristão de mansidão:





"Mansidão e respeito são entendidos de uma forma que levam a postura dos cristãos se assemelhar à passividade do budismo e confucionismo, ao invés do fruto do Espírito. Isso é uma abominação, e permite que os incrédulos pressionem os cristãos a oferecer apenas respostas defensivas para a sua fé que não representem qualquer ameaça intelectual direta aos incrédulos e qualquer pressão emocional sobre seus sentimentos. E então eles dizem: “Responda-me, cristão! Defenda sua fé! Explique-a! Prove-a para mim! Dance! Dance! Dance! E não se atreva a levantar a voz ou insultar e zombar de mim. Seja legal, conforme diz a Bíblia! E quando terminar, faça tudo novamente!”
🗡 Vincent Cheung

"No confúcionismo e budismo (como em todas as religiões não cristãs), mansidão e respeito são auto-disciplinas de auto-aprimoramento, visto que isso é abominação, auto-disciplina e auto-aprimoramento refletem uma afirmação do ego tentando negar o ego, é uma auto contradição, vamos pegar o exemplo oriental de negação do ego e abnegação, o budista medita para negar o ego, assim mansidão e respeito seriam negação e anulação do ego ao responder a alguém, isso parece muito sabio, mas é uma expressão do ego querer demonstrar mais disciplina diante dos outros, e ser louvado por sua auto-disciplina, ou seja, a anulação do ego se torna um ego enorme de auto-afirmação. Pelo contrário, uma pessoa arrogante e declaradamente presunçosa é infinitamente mais honesta, ela reconhece que a própria humildade forçada é uma hipocrisia. Já no cristianismo, o que ocorre é a SUBSTITUIÇÃO do ego, na Cruz, Cristo que é Deus morreu em meu lugar, ele levou meu ego a morte, eu não queria, eu não pedi a Ele, mas mesmo assim ele morreu por mim, pois eu jamais faria tal coisa, Cristo é a expressão da Sabedoria de Deus, em um universo criado por Deus somente Ele tem o direito de afirmar e definir padrões, ele afirma o que é humildade, ele define, do contrário não teremos nenhuma humildade e tudo seria uma auto-contradição. Cristo substituiu meu ego, dessa maneira eu não me esforço para substituir meu ego e ser manso, eu não me esforço para me auto-disciplinar, isso é negação do ego e auto-afirmação de superioridade, o que também é uma expressão de justiça-própria e soberba, o que eu faço? Nada! Eu não faço nada, Cristo levou meu ego a morte na cruz e por isso, eu já estou morto, eu preciso apenas entender o que aconteceu, a minha relutancia morre de imediato, quando Cristo fez isso com os eleitos ele levou todos os seus problemas de soberba para a cruz. Quando lembramos no que JESUS FEZ reconhecemos que já morremos, nossa jornada é de reconhecimento e concordancia, nossa razão pessoal morre, nosso ego não é anulado mas substituido pelo dEle que é transcedente, afinal somente é e diz "Antes que Abraão Existisse EU SOU" Jo 8.56,58, e novamente a Moises "Eu sou o que Sou", fomos feitos a imagem e semelhança dele, o pecado nos deformou a tal ponto que pensamos que podemos nos recriar por nosso esforço na própria imagem de Deus. O Cristão enxerga a anulação do ego como ela realmente é, pela lógica clara e pura, uma grande mentira, uma grande hipocrisia."

🖊 Yuri Schein,
Anulação do Ego x Substituição do Ego





sábado, 6 de abril de 2019

Primeiro princípio [Epistemologia]

Ao ser questionado sobre a falha do Empirismo uma pessoa pode dizer: "mas se não aceitarmos as sensações e a experiência sensorial caímos em um abismo epistemológico".

O argumento está correto, mas a resposta pra isso é: E DAI? Esse é um problema dos empíristas, eles devem encarar a falha de sua teoria epistemológica e cair no abismo epistemológico. Visto que o ceticismo é auto-contraditório devido a incapacidade dele sustentar o que afirmar, não passando de mero palpite que tem por necessidade onisciência para estar correto, não resta mais nenhuma cosmovisão disponível exceto o racionalismo. Se a pessoa insiste que o mundo material é a única a coisa que existe, ou nega a existência de Deus por causa da ausência do que ele chamaria "evidências" mundo sensorial, esse argumento já se auto-refuta, pois a mesma não pode nem comprovar que o próprio Universo é real. Dizer que "devemos aceitar a experiência sensorial por causa que se não caímos em um abismo de não conhecimento" é duplamente errado. Primeiro que o fato de algo ser desesperador não justifica a negação desse algo, segundo que o empirismo não é a única via do conhecimento. Conhecemos as verdades lógicas, então sabemos que existem verdades metafísicas que podem ser autenticadas. A bíblia demonstra que o homem já tem o conhecimento desse Deus (Rm 1.18-32) e foi isso que vemos na busca da verdade epistemológicas, chegamos a coisas que já conhecíamos a priori antes mesmo do mundo natural, como a nossa consciência, existência e pensamento, também chegamos ao senso divino, pois junto com a lógica como ideia inata, nós temos a ética como ideia inata, por exemplo, na busca pela verdade através da razão nós presamos e desejamos a verdade e desprezamos a mentira e o engano. Então pela própria busca racional, vimos que temos princípios morais objetivos [mesmo a parte do mundo criado]. Morais objetivos como o apreço a verdade e o reconhecimento da Lei da não contradição necessitam de uma mente eterna, isso signitica que pelo conhecimento inato sabemos que Deus existe, sabemos que ele é sábio e ético [justo]. O problema do racionalismo agora é: qual o primeiro princípio autoautenticador? A Revelação divina nos concede a resposta a essa necessidade, a proposição "A bíblia é a palavra de Deus" demonstra que o Deus da Verdade que fez o homem à sua imagem, portanto racional, se revelou na bíblia com proposições que podem ser entendidas racionalmente. Nenhuma linha epistemológica contém o primeiro princípio, mas a escritura nos dá, Deus é o dono da sabedoria, é ele quem dá o conhecimento aos homens, é ele quem ensina os homens todas as coisas e é ele quem torna o conhecimento possível. Alguém pode objetar que ainda assim precisará crer na revelação divina, sim, é verdade, mas apenas Deus pode levar uma pessoa a Fé na revelação divina [Sl 65.4, Jo 10
26, At 13.48, Tt 1.1-2, 2 Ts 2.13 etc...].

Recapitulando: Pelo conhecimento inato o homem tem para si o conhecimento sobre Deus [transcendência, lógica e é ética], mas jamais para a salvação. Ou seja, todo o homem sabe que Deus existe, mas não o deseja, se esforça a todas as custas a suprimir essa verdade, portanto, mesmo depois de ser demonstrado para o homem natural, a destruição de toda a sua cosmovisão epistemológica, ele ainda resistirá a ideia do Deus que se revela na bíblia, não por não o conhecer, na verdade ele o conhece [Rm 1.18-32], mas por rejeitar se submeter a Deus. É impossível que ele se submeta a Deus, a menos que Deus se revele para ele. Mas sem a revelação divina ele ficará no abismo epistemológico e não poderá sair dele para o racionalismo, afinal o racionalismo o levará a procurar o primeiro princípio metafísico e ético e a mente infinita e eterna, e o fará questionar: Quem é esse Deus? Apontará para o Deus transcendetal e imanente da Bíblia.

O Deus da Escritura reivindica autoridade Máxima,  o Cristianismo demanda que todos os homens em todos os lugares que se arrependam, Ele deixa sua palavra auto-autenticada, ele cumpre a lei do primeiro princípio. O Deus da bíblia nos fala como aquele que está ciente que o conhecemos como autoridade, e reinvidica essa autoridade que reconhecemos em nosso conhecimento inato. Porém, a natureza do homem é aversa a Deus, como ele pode ser salvo? Deus deve escolher ele e dar Fé para que ele creia no sacrifício de Cristo pelos seus e tenha paz.