sexta-feira, 29 de março de 2019

A auto-contradição das cosmovisões não-cristãs






Por Yuri Schein

Visto que nenhuma linha epistemológica pode se justificar. O empirismo não pode nos provar ou nos dar certeza do conhecimento, e que a experiência sensorial não nos "ensina" nada que já não sabemos*, que o racionalismo não tem um primeiro principio a não ser um selecionado pelo expositor sem justificativa e o ceticismo é uma auto-contradição, pois ao afirmar que não podemos saber de nada, ou que tudo é uma opinião, já é uma afirmativa de deter um conhecimento, e mais, é afirmar uma posse de todo o conhecimento.

Como você sabe o que você sabe

Toda a vez que o cético diz que tudo é uma opinião, ele já não está emitindo uma opinião, ou seja, é uma auto-contradição. Se você afirma que sabe a verdade, o cético dirá "é só sua opinião", mas a opinião dele de que tudo é uma opinião é verdade? Como disse antes é uma auto-contradição estúpida. Afirmar que não sabe nada não é humildade, mas é uma auto-contradiçao, humildade seria dizer que "não sabe tudo" mas jamais dizer que não se pode deter o conhecimento da verdade sobre alguma coisa ou sobre o universo. Conhecer algo e conhecer tudo sobre algo são duas coisas diferentes. Agora, se alguém diz que detem o conhecimento sobre algo não é arrogancia, nem mesmo falta de humildade, na verdade a posição oposta, dizer que "não se pode conhecer a verdade e tudo é opinião" é idiotice.

Diversas pessoas que passam por todas as escolas filosóficas acima, caem no irracionalismo. Todos esses campos epistemológicos exigem o uso de proposições lógicas, portanto de verdades objetivas, o irracionalismo se auto-colapsa, o único escape do irracionalista é o suicídio, pois nega a realidade e o sentido das coisas.

A única maneira de escapar dessas cosmovisões auto-contraditórias é o dogamatismo, que expõe a única verdade absoluta, os padrões morais objetivos e advoga que o homem só conhece taís por causa do conhecimento inato e registro do próprio Deus dentro do homem.

Sobre o suposto direito de não-cristãos se negarem a ouvir o evangelho:


Além dos padrões morais, nós também temos o conhecimento sobre Deus, e todo o homem sabe que Deus existe, e todos eles tem uma porção de conhecimento inato da parte de Deus em suas mentes. Eu acho que a apologética perde muito tempo tentando provar para os não-cristãos aquilo que eles já sabem, enquanto, a ordem de Deus nas escrituras é que eles se arrependam e creiam no evangelho. Uma coisa muito comum objetada contra isso é que a crença cristã é radical e autoritária, pois, exige que eles creiam no evangelho, mas não respeita a sua opinião. Porém eu gostaria de saber: Baseado em qual padrão eu devo respeitar a opinião de alguém? Em qual critério? Se for baseado nos padrões da sociedade ou pluralidade de crenças, quais delas eu devo respeitar? Se for baseado nas leis da sociedade, de onde eles vem? Se for com base no cristianismo com alegação que ele prega respeito, o cristianismo prega o respeito, mas também prega que esse padrão de respeito vem de Deus. E a partir do momento que você usa o respeito contra Deus, você está cuspindo na cara dEle. Você está usando os padrões morais [o respeito própriamente dito] contra Deus, isso é rebelião, isso é pecado, isso é dizer que Deus está debaixo dos preceitos que ele deu ao homem. E não há na bíblia, em lugar algum, que Deus deva obedecer os padrões que ele deu ao homem, não existe outro Deus no mundo ao qual Deus deva respeito, homens são homens, Deus é Deus. Deus deu ao homem o padrão da Lei: "Não matarás", mas Deus tem a autonomia para tirar a vida de quem ele quiser. Deus diz para o homem "não roubar", mas tudo pertence a Ele e ele pode tirar algo de você e dar a outro. Quando um cristão evangeliza outra pessoa, ele reconhece que o que ele esta fazendo é respeitar Deus, e que é uma falta de respeito que o não-cristão não queira ouvir o evangelho e a ordem de Deus para ele se arrepender. Visto que os padrões morais vem de Deus. Os cristãos que argumentam que não vão evangelizar seus amigos mais impíos nem "chatea-los" com evangelismo em defesa do amor ao próximo, pecam duas vezes. Primeiramente ao amar os homens mais do que a Deus, visto que o primeiro mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas e só então o próximo como a mim mesmo, portanto, ao se negar evangelizar seus amigos increduos ou ao omitir deles a mensagem de arrependimento, bem como não instar com eles a se arrependerem, estão amando mais a posição e rebelião dessas pessoas contra Deus do que Deus. Também pecam por não amar o próximo alegando que amam pois sabem que essas pessoas caminham em passos largos para o inferno e não se arrependem. Assim, esse cristão hipócrita se demonstra um péssimo servo de Deus e um péssimo amigo. Quando um cristão evangeliza um não-cristão, é como se um Juiz (Deus) ordenasse um oficial de justiça (o cristão) proclamar e declarar a sentença do não-cristão logo se os homens se recusam a obedecer não é porque eles tem o direito de não obedecer, mas sim porque eles estão fugindo e são foragidos da justiça divina por pura rebelião. O não-cristão não tem o direito diante da lei divina dizer que ele não pode ser evangelizado, visto que Deus é a regra máxima absoluta de justiça e respeito. Outra coisa óbvia e evidente é que o não-cristão (mesmo que já seja provado que ele não tenha direito de se recusar ser evangelizado) diz que não quer ser evangelizado, ou seja, ele acredita que seu desejo de recusar a ouvir o evangelho de Deus é uma prova de uma habilidade sua, mas ele não tem noção do que diz, visto que nenhum foragido quer encontrar a justiça, assim também o não-cristão não quer encontrar o evangelismo, ele não quer pois não tem a capacidade de querer, a escritura afirma que seu coração é endurecido contra Deus e que Deus o endurece mais ainda contra Deus. Logo, seu "não querer" ouvir o evangelho não é uma capacidade, habilidade ou algo positivo, mas a bíblia diz que é uma inabilidade, incapacidade, na qual ele não consegue, nem quer, nem deseja ouvir as cosias de Deus, logo é inábil.

*para uma informação mais aprofundadas leia – Agostinho, De Magistro