segunda-feira, 19 de outubro de 2020

A nova leva de "Calvinistas" de 3.5 e meio

por Yuri Schein

Eles acreditam na eleição incondicional, mas acreditam que Jesus morreu por todas as pessoas sem exceção, e que algumas pessoas que não são eleitos podem vir a ser expiadas temporariamente dos seus pecados, e depois perder a salvação. Para continuar defendendo sua perda de salvação, eles defendem que a justificação pela fé não é uma substituição penal e nem um ato forense, o resultado é que algumas pessoas que foram santificadas e justificadas perdem a salvação, a única maneira de se assegurar da salvação, segundo eles, é a perseverança, ou seja, a justificação pela fé e a imputação não pode te dar certeza plena da salvação.
Essa visão é resultado do pós-redencionismo que algumas escolas "não-calvinistas" inventaram analisando os textos da justificação penal e submetendo eles a textos que não tratam do assunto como Hb 10.29, 2 Pe 2.1, tentando salvar a doutrina da eleição e o monergismo, esses defendem que a salvação do eleito não pode ser perdida, todavia essas pessoas de fato foram salvas e se perderão.

Eles andam pelo caminho de Arminio e nos erros de alguns luteranos, anglicanos e agostinianos, nem mesmo a escola de Saumur de Amyraut incorreu no erro de defender um pós-redencionismo, embora amirald defendesse 4 pontos do calvinismo nunca chegou a defender que a justificação ou salvação pode ser alcançada e perdida. Um pouco de fermento leveda toda a massa, se vamos defender as doutrinas da Graça devemos defender elas até o final, a Biblia diz que aqueles que são justificados com toda a certeza serão glorificados (Rm 8.29-30), não há insegurança nos atos redentivos divinos, nem pode haver insegurança ou instabilidade na nossa fé, se alguém tem duvidas quanto a isso, deve horar e pedir que o Espírito do Senhor clarifique seus olhos, todos os homens falham e podem sofrer de alguma dúvida uma hora ou outra, mas a Escritura não pode errar (Jo 10.35) ela é infálivel. 

Deus quer que todos se arrependam? 2 Pedro 3.9

por Vincent Cheung 

O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (2 Pedro 3.9).

2 Pedro 1.1 indica que Pedro está se dirigindo “àqueles que, mediante a justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, receberam conosco uma fé igualmente valiosa”, e 2 Pedro 3.8 refere-se aos “amados”, que é um termos designando os cristãos. Então, o versículo 9 diz: “Ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento”. A palavra “vocês” aqui obviamente se refere ao grupo ao qual os crentes pertencem, e não aos incrédulos. Portanto, o versículo está dizendo que o Senhor tarda para que os eleitos tenham tempo de se tornarem cristãos.


Teologia Sistemática, Vincent Cheung, p. 135, 136

Deus deseja que todos homens sejam salvos? 1 Timóteo 2.4

 por Vincent Cheung

Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos. Esse foi o testemunho dado em seu próprio tempo (1 Timóteo 2.3-6).
1 Timóteo 2.3-6 diz que Deus “deseja que todos os homens sejam salvos”, e que Cristo “entregou a si mesmo como resgate por todos os homens”. Ora, já demonstramos que as palavras “todos” e “todos os homens” nem sempre se referem a todos os seres humanos, e provamos ainda a doutrina da expiação definida apelando a outras passagens bíblicas; portanto, não devemos admitir que essa passagem ensine a expiação universal. Na realidade, visto que outras passagens tornam a expiação universal impossível, podemos ter por certo que essa passagem não a ensina.
Entretanto, quanto às outras passagens, há evidência direta a partir do contexto da passagem indicando que Paulo não quer dizer todos os seres humanos quando escreve “todos os homens”. Os versículos 1 e 2 dizem: “Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranqüila e pacífica, com toda a piedade e dignidade”. Ele diz que os crentes deveriam orar “por todos os homens”, e prossegue explicando que por “todos os homens” ele quer dizer “reis e todos os que exercem autoridade”. Portanto, por “todos os homens” Paulo pretende designar tipos ou grupos de pessoas — os cristãos devem orar por todos os tipos de pessoas.
Apocalipse 5.9,10 foi anteriormente citado para mostrar que a natureza da expiação envolve uma aquisição real e completa por Cristo daqueles por quem ele morreu, mas os mesmos versículos também sugerem que a universalidade da expiação não é de tipo absoluta, mas somente étnica: E eles cantavam um cântico novo:
“Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus gente de toda tribo, língua, povo e nação. Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra”
A Bíblia consistentemente ensina que a expiação é universal somente no sentido de que Cristo morreu por pessoas de todas as etnias e classes sociais; nenhuma passagem ensina que ele morreu por todos os seres humanos. Visto que tal expiação não é um pagamento meramente potencial de pecados, mas um real, aqueles por quem ele morreu certamente serão salvos. Assim, as boas novas é que “a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tito 2:11), e não apenas aos judeus
As “boas novas” do Cristianismo nunca foram que Cristo morreu para salvar todo ser humano, mas que ele o fez para salvar gente “de toda tribo, língua, povo e nação”. A grandeza da expiação de Cristo é que seus efeitos não são limitados por fronteiras étnicas e sociais: “Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus” (Gálatas 3.28). Essas são as boas novas, e é como devemos entender as passagens bíblicas que dizem que Cristo morreu por todos

Teologia Sistemática, Vincent Cheung, p. 136