sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Fintechs: inovação ou inimiga do velho aparato estatal?

 


Por Yuri Schein 

É curioso observar que, no calor de debates sobre meio ambiente e regulação, alguns veteranos do PT evocam as fintechs como se fossem o Mal personificado, querendo “deixar de existir” essas empresas. A retórica soa quase anacrônica: fintechs são justamente a resposta moderna a burocracias lentas, à rigidez do sistema financeiro tradicional e à exclusão de milhões de brasileiros do acesso a serviços bancários.

O ponto central é a mentalidade que essas críticas revelam: uma visão de mundo em que o Estado e corporações consolidadas detêm a prerrogativa de definir o que é aceitável e “ético” economicamente. Ou seja, qualquer inovação que desafie a hierarquia estabelecida é vista com desconfiança. É o velho corporativismo travestido de preocupação social e ambiental.

Do lado prático, fintechs têm papel direto na inclusão financeira, no crédito mais acessível e em soluções de pagamento mais eficientes. Sua existência não é luxo, é necessidade em uma economia cada vez mais digital. Para reguladores sérios, a resposta não é extinguir essas empresas, mas criar regras que incentivem a transparência, segurança e responsabilidade ambiental sem sufocar a inovação.

Quando figuras políticas evocam o fim das fintechs como solução, demonstra-se mais uma nostalgia pelo monopólio do poder e menos um compromisso real com o bem-estar da população ou com o meio ambiente. É um erro clássico de pensamento: confunde-se controle centralizado com justiça ou sustentabilidade. No fundo, o debate sobre fintechs é um teste de mentalidade: inovação e inclusão versus controle e centralização. E, infelizmente, alguns ainda escolhem o lado do passado.

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