por Yuri Schein
O corredor se estreitava e o ar ficava mais denso. Raios de luz quase inexistentes vinham de fendas no teto, mal iluminando as paredes cobertas de símbolos antigos e manchas de sangue negro. O grupo avançava cauteloso, cada passo ecoando, cada respiração pesada.
De repente, uma risada baixa e sedutora reverberou pela pedra. Uma figura surgiu das sombras: alto, musculoso, com pele bronzeada que brilhava sob a luz mortiça, olhos âmbar hipnotizantes e asas negras dobradas nas costas. Um Incubus. O ar parecia vibrar com sua presença; seu perfume enchia as narinas e provocava uma sensação de vertigem e atração perigosa.
— Vocês ousam adentrar meus domínios… — sua voz era como seda afiada. — Sentirei cada medo, cada desejo reprimido… antes de destruí-los.
O grupo se preparou: Ikarus empunhou a espada com firmeza, Thomas Walker ergueu os montantes em postura defensiva, Derek posicionou-se à distância com as flechas, Gillian ajustou as lâminas e Jetto rosnou, avançando em sua forma lupina.
O Incubus avançou, movimentando-se com velocidade sobrenatural. Suas garras afiadas arranhavam as paredes, espalhando faíscas de energia negra. Mortos vivos, atraídos pelo poder do Incubus, emergiam das sombras: esqueletos, ghouls e carniçais se juntaram à batalha, cercando o grupo.
— Cuidado! — gritou Ikarus, desviando de um golpe que teria rasgado seu torso. — Não podemos nos separar!
Thomas Walker girava os montantes com força brutal, cortando ossos e atingindo o Incubus, que recuava com um rugido. Sua aura sedutora tentava desestabilizar Derek, que precisou concentrar toda sua mente para disparar flechas certeiras, atingindo a perna do Incubus.
— Ele… é mais forte que qualquer criatura que já enfrentamos! — disse Derek, ofegante, enquanto recarregava suas flechas.
Gillian atacava com precisão cirúrgica, derrubando esqueletos que avançavam, cortando carniçais e desviando de ataques que poderiam esmagar seus pés. Jetto investia com ferocidade, cravando garras e mordidas nos ghouls, afastando-os do grupo.
— Ikarus, atrás de você! — gritou Raella… não, Raella ainda não estava presente! Foi Thomas quem percebeu um ghoul avançando pelas sombras e desviou Derek do perigo.
Enquanto o grupo lidava com os mortos vivos, o Incubus canalizava energia negra e lançou uma onda de sedução e magia sombria. Thomas Walker, com suas asas parcialmente abertas, ergueu-se e lançou um ataque de impacto direto, esmagando parcialmente o Incubus contra a parede da caverna. O Incubus gritou, ferido, mas continuava lutando.
— Derek! Agora! — Ikarus ordenou. Derek disparou uma série de flechas encantadas que perfuraram o peito do Incubus, enfraquecendo sua resistência.
Combinando esforços, Gillian e Jetto lançaram ataques precisos, desviando o Incubus e abrindo brechas. Finalmente, Thomas Walker ergueu seus montantes, girando-os em um golpe devastador que atingiu o Incubus com força total. A criatura caiu, ferida mortalmente, deixando para trás apenas sombras que rapidamente se dissiparam.
O grupo aproveitou o momento para eliminar os mortos vivos restantes, cada golpe calculado, cada ataque coordenado. Quando o último ghoul caiu, o silêncio voltou à caverna, pesado e ameaçador.
— Estamos perto… — disse Ikarus, examinando o corredor. — Posso sentir a presença dele.
— A magia é forte aqui… — acrescentou Gillian, observando símbolos arcanos gravados nas paredes. — Alguém… ou algo, nos espera adiante.
— Raella… — murmurou Jetto. — Ela está envolvida nisso, tenho certeza.
O grupo avançou com cautela, passos firmes mas silenciosos, chegando à bifurcação que levava ao grande salão. O ar estava carregado, e o som de um coração batendo, ou talvez de magia pulsante, parecia ecoar através da pedra. Eles se preparavam mentalmente, sabendo que dali em diante não encontrariam apenas mortos vivos, mas Laurent, o vampiro, e o destino de Raella.
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