sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Fé salva obras confirmam (Romanos)

 Em Romanos, Paulo não deixa dúvida: “o justo viverá pela fé” (Rm 1:17). A justiça de Deus não se revela nas obras, mas na fé que se agarra em Cristo. O argumento é implacável: “concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei” (Rm 3:28).

O moralista judeu, que confiava na lei, estava tão perdido quanto o pagão devasso. Por quê? Porque ambos carecem da glória de Deus (Rm 3:23). A diferença não é quem peca menos, mas quem crê no Cristo que morreu e ressuscitou. O ladrão na cruz entrou no paraíso pela fé; o fariseu irrepreensível foi condenado pela sua incredulidade.

Romanos expõe a matemática do céu: fé = justiça imputada; obras = consequência inevitável. A raiz é a fé, o fruto são as obras. Inverter essa ordem é apostasia. Por isso, Paulo declara que Abraão foi justificado antes de circuncidado (Rm 4:10–11): a fé veio primeiro, o selo depois.

Assim, se a fé é a mão que recebe Cristo, as obras são apenas o eco dessa mão já cheia. Deus não negocia: sem fé é impossível agradar a Ele (Hb 11:6). Em Romanos, a sentença é clara: não são os que trabalham que são salvos, mas os que creem naquele que justifica o ímpio (Rm 4:5).

Em resumo:

Fé é fundamento; obras são fruto.

Fé salva; obras confirmam.

Fé une a Cristo; obras testificam dessa união.

Tudo começa e termina em Cristo, e Cristo é recebido

 somente pela fé.

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