Formulado por Cristiano Lima, as afinações são extraídas das obras de Vincent Cheung, e a fonte estará logo em seguida.
O que significa “ocasionalismo” segundo Cheung?
1° Com relação ao ocasionalismo, prefiro a expressão “na ocasião” ao invés de “ocasionalismo” para descrever as relações metafísicas e epistemológicas. (Cativo à Razão)
2° Muitos iniciantes leem meus livros, e eles acabariam não tendo ideia do que o termo significa; então amiúde desenvolvo a sentença para usar a explicação ou significado no lugar do termo em si. (Cativo à Razão)
3° Quando me refiro ao ocasionalismo (falo apenas por minha versão), estou falando primeiramente sobre metafísica, e não epistemologia.
3°.1 Quando eu o aplico na epistemologia, é a metafísica da epistemologia, ou o aspecto metafísico da epistemologia.
3°.2 Parece muito pouco frequente encontrar um filósofo que inclua uma metafísica da sua epistemologia - não uma metafísica a parte da sua epistemologia, mas uma metafísica da sua epistemologia.
3°.3 No entanto, a metafísica é essencial, porque o conhecimento não acontece sem a realidade (por definição, nada acontece sem a realidade), de modo que a visão do conhecimento está incompleta e, de fato, impossível sem uma visão da realidade, e esta visão da realidade deve ser coesa à visão do conhecimento.
3°.4 Podemos argumentar sobre qual precisamos falar primeiramente, mas, finalmente, precisamos de ambas, e elas precisam concordar entre si e apoiar uma à outra.
(Ocasionalismo: Uma Questão de Metafísica)
Está o ocasionalismo fundamentado de forma adequada? É o ocasionalismo incompatível com o escrituralismo?
4° Jonathan Edwards afirmou uma espécie de ocasionalismo, assim como Malebranche e muitos outros pensadores cristãos. Você poderia ver Calvino, Lutero etc., dizendo coisas que soam às vezes como ocasionalismo. (Cativo à Razão)
5° Em todo o caso, não importa quem afirma ou rejeita o ocasionalismo. Ele é nada menos que uma implicação necessária e uma aplicação consistente da doutrina bíblica da providência (Cativo à Razão)
6° Minha posição [sobre o ocasionalismo] é que a providência de Deus inclui controle completo de tudo acerca de tudo, e isso significa que ele deve ser o único poder que controla toda e qualquer comunicação e aquisição de conhecimento.
6°.1 Usando o cérebro como exemplo, se existe alguma relação entre cérebro e pensamento, isso significa que na ocasião em que Deus causa um pensamento na mente ele também causa atividade no cérebro; e na ocasião em que ele causa atividade no cérebro ele também causa um pensamento na mente.
6°.2 O cérebro não tem conexão necessária e consistente com o pensamento ― o pensamento pode ocorrer à parte dele.
6°.3 Na morte, Deus separa a mente da pessoa do seu corpo, e assim também do seu cérebro.
6°.4 [Mesmo depois da morte] Deus continua causando pensamentos na mente da pessoa, mas nas ocasiões em que faz isso ele não mais causa qualquer atividade correspondente no cérebro que costumava estar associado à mente dessa pessoa. (Cativo à Razão)
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