Por Yuri Schein
Em Josué 1.3, Deus disse: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado.” Séculos depois, Cristo, o verdadeiro Josué, proclama em Mateus 28.18-20: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações...” O paralelo é tão claro que só os teólogos da derrota conseguem não enxergar: a promessa limitada a Canaã era apenas o esboço; o cumprimento em Cristo é planetário.
Israel recebeu um território específico como tipologia do Reino. Cristo, por sua obediência perfeita e Sua morte vitoriosa, recebeu não um pedaço de chão, mas toda a criação como herança. O que Josué fez ao pisar na terra, a Igreja faz ao proclamar o evangelho: cada nação alcançada é um território conquistado. E, diferente da espada de Canaã, agora o instrumento é a Palavra viva, que não volta vazia (Is 55.11).
O amilenismo lê Josué e pensa: “isso era só para Israel, hoje não há promessa de vitória histórica”. É a teologia da paralisia, como se Cristo tivesse menos autoridade do que Josué. O premilenismo, por outro lado, imagina que a Grande Comissão falhará até que um milênio político chegue para resolver o problema. Mas se Cristo já disse “toda autoridade me foi dada”, como ousam negar que o mundo será efetivamente discipulado?
Josué conquistou Canaã porque Deus prometeu. Cristo conquistará o mundo porque Deus já lhe deu toda a autoridade no céu e na terra. Não é uma possibilidade, é uma certeza. Da terra prometida à terra inteira: esse é o pós-milenismo bíblico.
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