Por Yuri Schein
Em Josué 24.11-13, o Senhor relembra: “Não foi pela vossa espada nem pelo vosso arco. Dei-vos uma terra em que não trabalhastes, e cidades que não edificastes, e nelas habitais; vinhas e olivais que não plantastes, mas comeis.” O pós-milenismo se revela aqui em sua essência: a vitória do povo de Deus não é resultado do braço humano, mas da graça soberana que concede o impossível.
Israel não conquistou Canaã porque tinha uma estratégia militar genial ou porque confiou em sua força. Eles receberam a terra como dom divino. Isso é um tipo do Reino de Cristo: não avança pela espada de Constantino, nem pela retórica iluminista, mas pela ação irresistível do Espírito de Deus. O evangelho prospera não porque os homens são fortes, mas porque Deus é fiel.
O amilenismo não sabe o que fazer com esse texto. Se a vitória não dependeu da espada, mas da promessa, como negar que Deus fará o mesmo em escala global? O premilenismo também se embaralha, imaginando que só um exército físico futuro realizará a conquista. Ambos erram porque transferem para o homem aquilo que a Escritura atribui exclusivamente a Deus.
Josué é claro: o Reino avança pela dádiva, não pelo mérito; pela promessa, não pelo esforço humano. O pós-milenismo é a única leitura coerente — Deus dará às nações uma herança que não plantamos, cidades que não construímos e frutos que não cultivamos. E tudo isso porque Ele é fiel em cumprir Sua Palavra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário