quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Ad’Heim: A Caverna dos Mortos-Vivos: Descobertas e Armadilhas

 


Por Yuri Schein 

O grupo avançava com cautela pelo corredor estreito da caverna, a iluminação das tochas refletindo nas paredes úmidas e irregulares. O cheiro de mofo e terra molhada era constante, misturado a um odor mais intenso de decomposição nas áreas mais antigas. A caverna parecia antiga, com vestígios de vida inteligente que remontavam a séculos atrás: nas paredes, pinturas gastas mostravam cenas de rituais, batalhas e criaturas místicas, algumas parecendo figuras humanas lutando contra mortos-vivos e monstros desconhecidos.

Enquanto caminhavam, Derek notou moedas espalhadas pelo chão. Havia pequenas pilhas de prata e cobre, cobertas de pó e ferrugem, provavelmente esquecidas por antigos aventureiros ou habitantes da caverna. Thomas, curioso, encontrou uma espada enferrujada encostada em uma parede, mas algo chamava atenção: na ponta da lâmina, incrustada, havia uma pequena esmeralda que ainda brilhava com uma luz fraca, quase mágica.

“Essa espada… não está totalmente perdida,” murmurou Thomas, retirando cuidadosamente a arma da parede. “Mesmo enferrujada, parece ter algum valor… ou poder.”

Não muito longe, Raella encontrou uma capa com capuz, levemente empoeirada, que parecia feita sob medida para um mago. Ela a ergueu e a vestiu. Instantaneamente, sentiu um calor reconfortante percorrer seu corpo, como se a capa fortalecesse sua energia vital. Seus olhos castanhos brilharam de surpresa, e um leve sorriso se formou em seu rosto.

“Isso… isso me faz sentir mais leve… mais forte,” disse Raella, girando o capuz sobre a cabeça. O grupo trocou olhares cautelosos, intrigado, mas consciente de que desconheciam a origem ou os poderes reais do objeto.

Continuando a exploração, eles se depararam com uma grande pedra que parecia deslocada do resto da parede. Thomas se aproximou e notou uma alavanca escondida atrás dela. Com esforço, puxou a alavanca, que rangiu alto, ecoando pelo corredor. Para surpresa do grupo, uma porta secreta lateral se abriu, revelando uma escuridão ainda mais profunda e um cheiro mais forte de podridão.

Mal tiveram tempo de reagir, quando uma horda de mortos-vivos surgiu da porta: zumbis com roupas rasgadas, esqueletos empunhando armas corroídas e criaturas que pareciam um híbrido de humano e fera. Todos recuaram, formando uma linha defensiva. Thomas posicionou-se à frente, brandindo seus montantes, enquanto Gillian e Derek se preparavam para atacar à distância, e Raella concentrava sua energia de cura, agora consciente de que a capa poderia ajudá-la.

“Preparar-se! Esta vai ser uma batalha difícil,” gritou Ikarus, assumindo novamente seu papel de líder. “Não podemos subestimar o que encontramos aqui!”

O grupo se afastou da porta secreta, cercando-se estrategicamente, iluminando a área com tochas e magia, enquanto os mortos-vivos avançavam, com sons de ossos rangendo e gemidos ecoando pelo corredor. A batalha estava prestes a começar, e cada membro do grupo sabia que precisaria usar toda sua habilidade, coragem e inteligência para sobreviver às profundezas da caverna.

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