quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Ad'Heim: A combatente


 Enquanto Derek respirava fundo, mostrando sua determinação, um silêncio confortável se instalou em torno do grupo. Então, Gillian se levantou, ajustando a capa de couro sobre seus ombros. Sua postura era firme, mas elegante, revelando a confiança que adquirira em anos de treino e batalhas.

— Acho que é minha vez — disse, com a voz calma e resoluta, mas cheia de autoridade natural. — Meu nome é Gillian.

Seus cabelos longos e negros caíam em ondas suaves sobre os ombros, contrastando com a pele morena e parda e o olhar intenso de olhos verdes, que pareciam analisar cada detalhe ao redor. Apesar de sua estatura mediana, havia algo em sua presença que impunha respeito — a certeza de quem conhece o próprio valor.

— Sou uma guerreira de Lenória Imperial — continuou, cruzando os braços por um instante antes de abrir novamente, revelando as luvas reforçadas que cobriam suas mãos e punhos. — Treinei sob o olhar atento de meu pai, Rufus, que também é mentor de Ikarus. Cresci ao lado dele, aprendendo tanto sobre combate quanto sobre honra e estratégia. É como se tivesse dois pais: meu próprio pai e Rufus, que me ensinou a proteger e guiar aqueles que não podem se defender.

Ela caminhou um pouco em torno do grupo, como se medisse a atmosfera de confiança e camaradagem.

— Minhas habilidades são variadas. Sou exímia com armas de curto e médio alcance, especialmente espadas e adagas. Tenho experiência em combate corpo a corpo e técnicas de infiltração — disse, olhando para Derek, Ikarus e os demais — e, acima de tudo, sei como manter a calma quando a batalha parece impossível. Posso proteger, atacar ou abrir caminho. Minha prioridade sempre será manter o grupo vivo.

Gillian respirou fundo, a luz da fogueira refletindo em seus olhos.

— Moro com Rufus, que além de ser um grande mentor, é uma figura paterna para Ikarus e para mim. Ele me ensinou não apenas a lutar, mas a confiar em meus instintos e a valorizar cada aliado. Hoje, estou aqui não apenas para lutar, mas para garantir que ninguém neste grupo enfrente os horrores sozinhos.

Ela sorriu levemente, mas havia um brilho de determinação e seriedade em seu olhar.

— Agora que todos nos conhecemos, podemos seguir adiante com mais confiança. Unidos, podemos enfrentar qualquer coisa — concluiu, sentando-se ao lado da fogueira e esperando que os demais também compartilhassem suas histórias.

O grupo agora estava completo, pelo menos por enquanto, cada um carregando seu passado, suas dores, habilidades e a determinação de enfrentar os mortos-vivos e as forças desconhecidas que se escondiam na floresta encantada e nas profundezas da caverna.

Nenhum comentário:

Postar um comentário