quinta-feira, 9 de outubro de 2025

A Coerência como Espada



O Método Apologético de Yuri Schein

O método apologético de coerência pressuposicionalista de Yuri Schein é uma síntese afiada entre a lógica sistemática de Gordon Clark e a ousadia teológica de Vincent Cheung. Ele parte da premissa de que toda cosmovisão deve ser julgada por um único critério inflexível: a coerência interna absoluta com a revelação bíblica. Schein não concede à razão autônoma ou aos sentidos humanos qualquer tribunal sobre Deus — pois todo pensamento independente da Escritura já nasce condenado por incoerência.

Nesse método, a apologética não é defesa tímida, mas ataque epistemológico. O incrédulo é desmascarado não por dados empíricos, mas pela implosão lógica de suas próprias pressuposições. A cosmovisão não-cristã é refutada pela impossibilidade de dar conta da própria racionalidade que tenta usar contra Deus. O cristão, por outro lado, sustenta a verdade não por analogia ou probabilidade, mas por revelação proposicional coerente.

A coerência pressuposicionalista não busca "tornar o cristianismo plausível", mas expor o absurdo de qualquer alternativa. Ela demonstra que somente o sistema revelacional das Escrituras pode sustentar um universo inteligível, uma moral objetiva e uma mente racional. Assim, Schein transforma a lógica em adoração e a filosofia em exegese: o pensar coerente é o pensar bíblico, e o pensar bíblico é o pensar de Cristo.

Em suma, a apologética de Yuri Schein é a guerra santa da coerência — onde toda filosofia se ajoelha diante da Palavra ou é esmagada por sua própria contradição.


Sobre Yuri Schein

 


Yuri Schein é escritor, professor de filosofia e teologia reformada, conhecido por sua defesa rigorosa do calvinismo supralapsariano, do ocasionalismo e da epistemologia pressuposicionalista. Sua obra combina exegese bíblica profunda com argumentação lógica e filosófica, unindo as tradições de Gordon H. Clark, Vincent Cheung e João Calvino.

Schein dedica-se a demonstrar a supremacia da Revelação divina sobre a razão autônoma, abordando temas como a soberania absoluta de Deus, a natureza do conhecimento, a causalidade do mal e a relação entre os decretos eternos e a moralidade.

Além de sua produção teológica, ele escreve sobre história da filosofia, realizando uma crítica sistemática e sarcástica à tradição pagã sob o título “Babel Epistemológica”, em que refuta pensadores antigos e modernos à luz das Escrituras.

Yuri Schein também mantém presença ativa nas redes sociais, com textos, vídeos e ensaios que buscam restaurar uma cosmovisão cristocêntrica, desafiando o ceticismo moderno e o sentimentalismo religioso. Sua escrita é marcada por clareza lógica, ironia filosófica e devoção bíblica.


Contato:

📖 Instagram: @yuri_schein

🎥 YouTube: @YuriScheinJesus

✉️ E-mail: Andre.schein@gmail.com

O Suposto Paradoxo da Onipotência


Por Yuri Schein

O paradoxo da onipotência é o brinquedo favorito dos ateus de internet: “Deus pode criar uma pedra tão pesada que Ele mesmo não possa levantar?” Eles acham que a pergunta é profunda, mas ela é apenas uma confusão linguística travestida de filosofia. É como perguntar se o círculo pode ser quadrado não é uma limitação do círculo, é uma incoerência da linguagem.

Onipotência não significa poder fazer o absurdo, mas poder fazer tudo que é logicamente possível e coerente com a própria natureza divina. Deus não pode mentir (Hb 6.18), não porque seja fraco, mas porque a mentira é contrária à Sua essência e poder ser falso seria impotência moral.

O “paradoxo” tenta colocar a lógica acima de Deus, mas esquece que a lógica é o modo do próprio Deus pensar e agir. As leis da razão não são grilhões que o prendem; são reflexos do Seu caráter racional. Assim, quando alguém formula um pseudo-problema que contradiz o princípio de não-contradição, não está desafiando Deus está apenas balbuciando incoerência.

Deus pode criar uma pedra infinitamente pesada e levantá-la, porque o conceito de “pedra que Ele não pode levantar” não existe. O problema não está em Deus, mas na mente do descrente, que confunde impossibilidade lógica com limitação ontológica.

O verdadeiro paradoxo não é a onipotência de Deus, mas a pretensão do homem finito de julgar o Infinito com base em sentenças autocontraditórias. O ateu tropeça em suas próprias palavras; Deus, por outro lado, sustenta até as pedras com Sua palavra.