Por Yuri Schein
O paradoxo da onipotência é o brinquedo favorito dos ateus de internet: “Deus pode criar uma pedra tão pesada que Ele mesmo não possa levantar?” Eles acham que a pergunta é profunda, mas ela é apenas uma confusão linguística travestida de filosofia. É como perguntar se o círculo pode ser quadrado não é uma limitação do círculo, é uma incoerência da linguagem.
Onipotência não significa poder fazer o absurdo, mas poder fazer tudo que é logicamente possível e coerente com a própria natureza divina. Deus não pode mentir (Hb 6.18), não porque seja fraco, mas porque a mentira é contrária à Sua essência e poder ser falso seria impotência moral.
O “paradoxo” tenta colocar a lógica acima de Deus, mas esquece que a lógica é o modo do próprio Deus pensar e agir. As leis da razão não são grilhões que o prendem; são reflexos do Seu caráter racional. Assim, quando alguém formula um pseudo-problema que contradiz o princípio de não-contradição, não está desafiando Deus está apenas balbuciando incoerência.
Deus pode criar uma pedra infinitamente pesada e levantá-la, porque o conceito de “pedra que Ele não pode levantar” não existe. O problema não está em Deus, mas na mente do descrente, que confunde impossibilidade lógica com limitação ontológica.
O verdadeiro paradoxo não é a onipotência de Deus, mas a pretensão do homem finito de julgar o Infinito com base em sentenças autocontraditórias. O ateu tropeça em suas próprias palavras; Deus, por outro lado, sustenta até as pedras com Sua palavra.
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