Yuri Schein
Vivemos na era dos neutros — homens que se dizem cristãos, mas não tomam partido entre Cristo e o mundo. São os diplomatas da fé, os moderados espirituais, os que transformaram o Evangelho em uma zona de conforto teológico.
Eles não negam a Bíblia, apenas a editam emocionalmente. Pregam sobre amor, mas jamais sobre justiça; citam Jesus, mas omitem as partes em que Ele fala de inferno. Dizem que “não é hora de dividir”, como se o próprio Cristo não tivesse dito: “Não vim trazer paz, mas espada” (Mateus 10:34).
A religião dos neutros é o cristianismo sem cruz — um sistema projetado para não ofender, não confrontar e não exigir. É a fé higienizada para o paladar do século XXI. E, ironicamente, é a mais impura de todas.
Ser neutro é ser cúmplice. Porque o mal não vence pela força dos ímpios, mas pela covardia dos santos. Quando a verdade se cala em nome da “paz”, o diabo ganha o púlpito e chama isso de “diálogo”.
Cristo nunca foi neutro. Ele olhou para os fariseus e os chamou de hipócritas. Ele olhou para os templos e os virou de cabeça para baixo. Ele olhou para o pecado e o crucificou. Mas olhou para os mornos e os vomitou (Apocalipse 3:16).
A fé dos neutros é a fé dos que não querem perder seguidores, amigos ou convites. Querem ser simpáticos demais para serem santos. E nessa busca por relevância, perdem a única coisa que realmente importa: a verdade.
Não há espaço para neutralidade no Reino de Deus. Ou você é luz, ou é trevas. Ou você confessa Cristo diante dos homens, ou O nega pelo silêncio.
A neutralidade é o evangelho dos covardes — e o inferno está cheio de diplomatas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário