Por Yuri Schein
Se você acha que a Bíblia é só poesia antiga, dê uma olhada em Êxodo 3.8, 6.6-8, 15.13, 15.17, 19.5-6 e 23.25-27, e prepare-se para um verdadeiro blockbuster escatológico. Esses textos não são apenas narrativas históricas; eles formam o roteiro de um Deus que conduz Seu povo, vence inimigos e garante que o Reino avance, uma trama que se cumpre plenamente em Cristo e na Igreja, como lembra 2 Coríntios 1.20: todas as promessas são “sim e amém”.
Pense assim: se Êxodo fosse filme, Moisés seria o protagonista, o povo de Israel o elenco coadjuvante, o faraó o vilão e Deus o diretor supremo, garantindo que cada cena avance o enredo de vitória e bênção. Em Êxodo 3.8, Deus anuncia a libertação: a intervenção divina abre o caminho, como efeitos especiais que mudam o rumo da história. Em 6.6-8, Ele envia forças poderosas — o equivalente a exércitos CGI que esmagam obstáculos e garantem que a narrativa progrida.
Êxodo 15.13 e 15.17 mostram a condução do povo: Deus não apenas salva, Ele guia, planta e estabelece a herança. Imagine um filme épico em que o herói atravessa mares e montanhas, sempre com o plano do diretor em mente, cada movimento calculado para cumprir a promessa final. O pós-milenismo lê isso assim: vitória histórica, tangível, contínua, não apenas simbólica.
Em 19.5-6, Deus eleva o povo à condição de “reino de sacerdotes”, dando-lhes papel ativo na história, como personagens principais que influenciam a trama cultural, social e espiritual ao redor. Isso é como quando em um filme de super-heróis os protagonistas recebem poderes que não servem apenas para se proteger, mas para transformar o mundo. O progresso do Reino é visível e mensurável.
Finalmente, 23.25-27 garante bênção, proteção e vitória: nada de derrotas acumuladas ou suspense eterno sem final. Deus atua como roteirista supremo: os inimigos caem, os planos do mal fracassam, e o povo progride, tipologicamente prefigurando a Igreja. E, claro, essa narrativa está alinhada com a promessa de Jesus: “as portas do inferno não prevalecerão” (Mt 16.18). É como um épico cinematográfico em que o vilão nunca vence, e a justiça histórica sempre triunfa.
O padrão é claro: Deus conduz, protege, julga e estabelece progressivamente. O Reino avança, os inimigos são vencidos, a bênção se concretiza e a Igreja continua o enredo divino na História. O pós-milenismo, então, não é fantasia ou otimismo vazio: é a leitura técnica e histórica de que a trama da História é escrita por Deus, com vitória garantida, e nós participamos como personagens ativos.
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