Por Yuri Schein
Alguns insistem em fazer de Javé um adolescente divino do panteão cananeu: primeiro irmão de Baal, depois criança problemática, e finalmente o deus supremo do judaísmo. Que trajetória épica! Imaginem só: Deus, no meio de uma guerra familiar celestial, decidindo que é hora de virar o chefe da família divina.
Essa narrativa é tão ridícula que nem precisa de arqueologia ou papiros: basta um pingo de lógica e leitura direta da Bíblia. Javé nunca foi irmão de Baal, nunca foi filho de um deus supremo cananeu. Ele é, desde o início, o ÚNICO Deus, Criador de tudo, soberano sobre céus e terra, e absolutamente independente de qualquer deidade inventada por humanos pagãos (Êxodo 3:14; Isaías 45:5-7).
A ideia de “Javé crescendo no panteão” falha miseravelmente em todos os níveis: teológico, histórico e lógico. Primeiro, porque se Javé fosse filho de outro deus, Ele seria limitado e contingente, e não soberano absoluto. Segundo, porque a Bíblia não relata nada disso; o Deus de Israel é autoexistente, eterno e soberano, não um plebeu ascendendo ao trono celestial. Terceiro, porque misturar mitologia cananeia com a revelação judaica ignora totalmente a epistemologia bíblica: Deus não é aprendido pelo imaginário humano, mas revelado em Si mesmo.
Então, da próxima vez que alguém tentar transformar Javé em irmão de Baal ou “subir na hierarquia divina”, podemos sorrir e lembrar: não é teoria da conspiração, é apenas uma confusão épica de mitologia pagã versus a realidade soberana de Deus. E no final, não é Baal que define quem é Deus; é Deus que define o que existe, inclusive Baal (1 Coríntios 8:5-6).
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